O Benfica ficou hoje a um triunfo da conquista do campeonto nacional de futebol da primeira divisão, ao golear em casa do Portimonense por 5-1, em jogo da 32.ª jornada da prova.
Os ‘encarnados’, que arrancaram para esta ronda com a possibilidade de festejar já o 38.º título nacional, ficando agora a aguardar por uma eventual derrota no domingo do FC Porto na receção ao Casa Pia, chegaram ao intervalo a vencer já por 3-1, com golos de Grimaldo, logo aos quatro minutos, Filipe Relvas na própria baliza, aos 29, e Gonçalo Ramos, aos 45, que se isolou na lista dos melhores marcadores, com 18 tentos, tendo os algarvios ainda reduzido para 2-1, com um golo de Pedrão, aos 38.
Na etapa complementar, o Benfica chegou aos 5-1 já na reta final, com dois golos de ‘rajada’ de Musa, aos 87 e 89, jogador que tinha entrado em campo apenas três minutos antes.
Com esta vitória, o Benfica chegou aos 83 pontos, mais sete do que o segundo, o ainda campeão nacional FC Porto, e pode festejar já nesta ronda o título, caso os ‘dragões’ percam no domingo com o Casa Pia, enquanto o Portimonense ocupa o 13.º lugar, com 34 pontos, já com a manutenção assegurada.
‘Mão cheia’ de golos deixa Benfica a uma vitória do título
Em Portimão, em deslocação da 32.ª ronda que se admitia difícil, o Benfica puxou dos ‘galões’ e acelerou desde o primeiro minuto, dando mostras do que queria e antes da meia-hora de jogo vencia por 2-0, com golos de Grimaldo (04 minutos) e Relvas (29, na própria baliza).
Antes, a equipa de Roger Schmidt, que não contou hoje com o capitão Nico Otamendi, castigado, já tinha atirado ao poste, pelo jovem João Neves, numa fase de jogo em que teve também uma bola à trave de Gonçalo Ramos e um golo anulado a João Mário.
Foi um Benfica com vontade de começar a resolver as contas do título, apesar de o Portimonense ainda reduzir aos 38 minutos, por Pedrão, antes de Gonçalo Ramos voltar a dar tranquilidade, com o 3-1, que o isola entre os melhores marcadores (18 golos), aos 45.
Na segunda parte, numa reta final de grande fôlego, Rafa Silva acelerou, em contra-ataque, com uma assistência para Musa, que entrara um minuto antes e ainda foi a tempo de apontar o 4-1, aos 87 minutos, e o 5-1, aos 89.
A vitória nesta 32.ª jornada deixou os ‘encarnados’ com uma mão no 38.º título da sua história, bastando-lhe mais um triunfo – quando ainda tem dois jogos por disputar -, num contexto a depender de si, ou sem precisar de mais nada, se o FC Porto perder no domingo.
Na próxima jornada, o Benfica tem jogo de alto risco em casa do rival Sporting, num duelo em que continua a ter quase tudo a seu favor, faltando-lhe saber que tipo de contas fará, em função dos resultados de FC Porto, que entrará primeiro em campo, este domingo, ainda nesta ronda, ou na 33.ª jornada, quando visitar o Famalicão.
Também hoje, com as atenções viradas para o fundo da tabela, o Paços de Ferreira ficou em situação complicada, com a expulsão de Paulo Bernardo ainda na primeira parte, ao ver um segundo amarelo (42 minutos), e perdeu na visita ao Desportivo de Chaves (2-0).
A derrota mantém os pacenses em 17.º lugar, de descida direta, e com a possibilidade de ver já hoje confirmada a despromoção, mas apenas se o Marítimo, que tem mais três pontos e vantagem no confronto direto, vencer na visita ao Sporting.
Já o Desportivo de Chaves continua em sétimo, a um ponto do Vitória de Guimarães, sexto, com menos um jogo, e com distância alargada para o Famalicão, que segue em oitavo, mas agora a três pontos, depois de empatar hoje sem golos em casa do Vizela, nono.
Benfica entrou e saiu ‘a todo o gás’ em Portimão e ficou mais perto do ‘38’
Um Benfica ‘a todo o gás’ goleou hoje o Portimonense (5-1), somando o quarto triunfo consecutivo na I Liga portuguesa de futebol para cimentar a liderança e ficar a uma vitória do seu 38.º título nacional.
Com duas bolas nos ‘ferros’ e um golo de Grimaldo (quatro minutos) no primeiro quarto de hora do encontro da 32.ª e antepenúltima ronda, os ‘encarnados’ abriram caminho para um sucesso completado pelos tentos de Filipe Relvas, na própria baliza (29), Gonçalo Ramos (45) e Musa, que ‘bisou’ nos minutos finais após sair do banco (87 e 89), enquanto Pedrão (38) assinou o tento dos algarvios.
Para ser campeão no ‘sofá’, o Benfica, líder com 83 pontos, espera agora que o Casa Pia vença o FC Porto (segundo classificado, 76) no domingo, no Estádio do Dragão. Caso contrário, os ‘encarnados’ terão de ganhar no terreno do histórico rival Sporting, na penúltima ronda, para ‘agarrar’ logo o troféu.
Face à vitória caseira sobre o Sporting de Braga (1-0), o técnico alemão Roger Schmidt foi obrigado a fazer uma alteração – Morato rendeu o castigado Otamendi no eixo defensivo –, enquanto nos algarvios surgiram duas novidades em relação ao empate com o Casa Pia (1-1).
O técnico do Portimonense, Paulo Sérgio, voltou a apostar no habitual esquema de três centrais (3x5x2) utilizado contra os ‘grandes’, além de outro central, Pedrão, adaptado pela primeira vez à posição ‘seis’, mas o sistema predominantemente defensivo não evitou a entrada forte dos ‘encarnados’.
Com os seus adeptos em maioria e sem ‘acusar’ a possível ansiedade da ‘corrida’ pelo título, o Benfica ‘engoliu’ o adversário e o 0-1 à passagem do quarto de hora parecia ‘curto’ para o claro ascendente evidenciado pelo conjunto de Roger Schmidt.
João Neves ameaçou com um ‘tiro’ ao poste logo ao segundo minuto, dois minutos antes de surgir o golo madrugador da equipa forasteira: o lateral adaptado Aursnes cruzou da direita e Grimaldo surgiu a finalizar ao segundo poste, nas ‘costas’ da defensiva de Portimão, com Nakamura a defender praticamente ‘em cima’ da linha de baliza e o videoárbitro a validar a decisão do árbitro assistente Paulo Soares.
A jogar ao primeiro toque e com facilidade em penetrar na ‘muralha’ algarvia, as ‘águias’ desperdiçaram várias oportunidades logo a seguir ao 0-1: Nakamura defendeu um remate perigoso de João Neves, aos nove minutos, David Neres atirou ligeiramente ao lado (13) e Gonçalo Ramos acertou na barra, num ‘tiro’ de fora da área (15).
O Portimonense tentou equilibrar – Yony González foi o autor da primeira tentativa de golo algarvia, num cabeceamento que passou perto da trave (23) –, mas foram os ‘encarnados’ a aumentar a vantagem, num corte infeliz de Filipe Relvas para a própria baliza a tentar evitar que Rafa chegasse ao cruzamento rasteiro de João Mário (29).
O ‘filme’ da primeira parte ainda incluiu o tento de Pedrão (38), após livre de Seck e corte incompleto de Morato, que deixou a bola sobrar para o remate do jogador brasileiro, e o regresso aos golos de Gonçalo Ramos, que concluiu um contra-ataque de Neres ‘à beira’ do intervalo (45), após erro de Park Ji-soo e se isolou na lista de melhores marcadores da Liga (18 golos).
O Benfica, com Florentino no lugar do ‘amarelado’ Chiquinho, voltou do balneário com a mesma dinâmica dos minutos iniciais e dominou toda a segunda metade perante um Portimonense muito passivo.
Rafa ainda celebrou um golo, anulado pelo videoárbitro por fora de jogo, aos 49 minutos, após erro de Nakamura, que se redimiu com duas excelentes defesas, em lances quase consecutivos de David Neres (53) e Grimaldo (54).
Os ‘encarnados’ foram gerindo a diferença a seu bel-prazer e o croata Musa, segundos depois de entrar, acabou por marcar o quarto golo após contra-ataque (87), ‘selando’ o resultado final dois minutos depois, na sequência de uma ‘oferta’ de Nakamura.
Declarações dos treinadores após o jogo Portimonense-Benfica
– Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Reconhecemos a grande valia do oponente, mas cometemos [erros em] lances capitais, que o Benfica aproveitou muito bem.
O jogo começa com um golo que, até agora, ninguém sabe dizer se a bola entrou. O [árbitro] auxiliar nem tão-pouco está na linha de fundo para ter o melhor ângulo de visão para garantir que a bola teria entrado, não há uma imagem que mostre que a bola entrou.
Logo tão cedo, poderia ter-nos feito desacreditar. O que é facto é que a equipa soltou-se, fizemos um conjunto de ações ofensivas bastante interessantes, sabendo que íamos passar mais tempo a defender, mas também ameaçámos a baliza do adversário.
Quando conseguimos reduzir para 2-1, temos uma boa oportunidade, há uma bola na mão do Morato, na ‘cabeçada’ do Moufi, e essas incidências nunca caíram para o nosso lado.
Depois, podendo ir para o intervalo com 2-1 e reagrupar, cometemos um erro fatal que dá a tranquilidade ao Benfica. E depois a forma como defendemos este canto que dá o 4-1. São erros graves que cometemos e a responsabilidade deles é minha.
Poderíamos ter discutido o jogo, queríamos tê-lo discutido, mas facilitámos muito a missão ao adversário.
[O que pretendia com o central Pedrão adaptado a ‘seis’] Energia. Já o tinha feito no passado com o Willyan, que faz muito bem aquela função, e hoje tentámos com o Pedrão. Em momentos funcionou, noutros nem tanto, mas não foi por causa disso que as coisas aconteceram como aconteceram, até porque os erros nem são do Pedrão nas missões que lhe confiei”.
– Roger Schmidt (treinador do Benfica): “[Se foi como jogar em casa] Com certeza. Podemos sempre contar com os nossos adeptos. Foi uma grande atmosfera, num estádio pequeno.
Fizemos um grande jogo, desde o primeiro segundo. Já tínhamos falado disto, começámos bem os últimos jogos, mas não tínhamos marcado nos minutos iniciais, era algo que queríamos melhorar hoje.
Os dois primeiros golos foram muito importantes, criámos mais oportunidades e depois do 2-1 continuámos muito focados. O 3-1 ao intervalo foi muito importante.
No segundo tempo, penso que podíamos ter decidido o jogo um pouco mais cedo. Tivemos várias oportunidades para isso. Mas também acabámos por marcar mais dois golos.
Estou muito feliz e orgulhoso da minha equipa. Grande atitude, bom futebol, jogadores muito disciplinados taticamente, confiáveis e sempre concentrados em qualquer situação de jogo. Mostraram que não querem ser travados no caminho para serem campeões. Precisamos de mais um passo e na próxima semana temos a próxima oportunidade.
Não é impossível [perder o título]. É futebol, no futebol tudo pode acontecer. Claro que a nossa situação está cada vez melhor, com menos jogos pela frente. Temos mais dois jogos pela frente, agora com sete pontos de avanço sobre o FC Porto, que joga amanhã [domingo]. Já nos qualificámos para a Liga dos Campeões, com o resultado de hoje, mas ainda não somos campeões.
Mas, a forma como jogamos dá-me muita confiança. Isso é claro. Não podemos perder essa intensidade, temos de continuar focados, treinar bem e para a semana estar preparados.
O David [Neres] começou muito bem a época, com grandes jogos. Infelizmente, depois esteve lesionado e precisou de recuperar força e intensidade. Agora está muito bem com bola, muito criativo, a tomar várias boas decisões. Está em grande forma. E este é um bom momento para estar em grande forma, mas ele não é o único”.
Jogo disputado no Estádio Municipal de Portimão
Portimonense – Benfica, 1-5
Ao intervalo: 1-3
Marcadores:
0-1, Grimaldo, 04 minutos.
0-2, Filipe Relvas, 29 (própria baliza).
1-2, Pedrão, 38.
1-3, Gonçalo Ramos, 45.
1-4, Musa, 87.
1-5, Musa, 89.
Equipas:
– Portimonense: Nakamura, Moufi (Lucas Ventura, 67), Alemão, Pedrão (Sérgio Conceição, 67), Park Ji-soo, Filipe Relvas, Carlinhos (Paulo Estrela, 67), Maurício (Bryan Róchez, 80), Seck, Yony González e Yago Cariello (Ricardo Matos, 80).
(Suplentes: Matheus Nogueira, Ouattara, Ricardo Matos, Diaby, Lucas Ventura, Bryan Róchez, Paulo Estrela, Sérgio Conceição e Rui Gomes).
Treinador: Paulo Sérgio.
– Benfica: Vlachodimos, Aursnes (Bah, 90), António Silva, Morato, Grimaldo, João Neves, Chiquinho (Florentino, 46), David Neres (Gonçalo Guedes, 86), João Mário, Rafa (Tengstedt, 90) e Gonçalo Ramos (Musa, 86).
(Suplentes: Samuel Soares, Gilberto, Lucas Veríssimo, Bah, Gonçalo Guedes, Tengstedt, Mihailo Ristic, Musa e Florentino).
Treinador: Roger Schmidt.
Árbitro: Artur Soares Dias (Porto).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Chiquinho (32), Pedrão (34) e Seck (74).
Assistência: 4.404 espetadores.