A Praça da República, em Tavira, foi pequena para os que quiseram ver e ouvir Gisela João esta sexta-feira, nas celebrações do Dia da Cidade. O público não se fez de rogado e não lhe poupou aplausos.
Com uma voz e um timbre absolutamente singulares, Gisela João é uma figura central e uma das mais importantes intérpretes da história da música portuguesa, tendo já sido distinguida com inúmeros prémios, como: Blitz, Time Out, Expresso e o Globo de Ouro para Melhor Intérprete Nacional.
Presença constante em palcos nacionais e internacionais, com atuações electrizantes e inolvidáveis, a artista cedo se consagrou no Fado contemporâneo seguindo a matriz tradicional, sem desvios, nem artifícios, mergulhando na sua génese, na sua autenticidade, sem excessos ou maneirismos, para que no fim se mantenha genuíno.
Gisela João editou na primavera de 2021 “AuRora”, o seu terceiro álbum, gravado entre Lisboa e Barcelona, com produção de Michael League e co-produção de Nic Hard e da própria artista.
Este é o seu registo mais pessoal e intimista, onde pela primeira vez revela os seus dotes de letrista e compositora, e canta não apenas como esperamos que cante mas para lá de tudo o que lhe ouvimos cantar até hoje.
“AuRora” é o primeiro disco de Gisela João que apresenta essencialmente canções originais e em que partilha a autoria das letras com outros artistas, tão diversos quanto Alberto Janes, Capicua, Hernâni Correia, João Monge, Jorge Cruz, José Fialho Gouveia, Marco Pombinho e Maro. Gisela João estreia-se também na composição, ao lado de António Zambujo, Arlindo de Carvalho, Carlos Paredes, Justin Stanton, Magda Giannikou e Michael League, repetindo-se ainda os nomes de Jorge Cruz, Marco Pombinho e Maro.
Fotos Miguel Pires Facebook Instagram site