A revista “Dois”, que na quarta-feira vai para as bancas, é uma nova publicação anual feita no Algarve com “temas de fundo” e que ambiciona tornar-se “uma marca” na região, disse esta sexta-feira à Lusa o seu editor.
“Achamos que a região precisa de uma boa revista feita no Algarve e sobre o Algarve”, disse à agência Lusa o editor da nova publicação, Pedro Lemos, que não esconde a sua ambição de que a nova revista se “torne uma marca” no distrito, contrariando a tendência de desaparecimento das publicações em papel.
A revista, que tem como mote e tenta perspetivar “O futuro do Algarve”, é integralmente produzida pela atual redação do diário ‘online’ Sul Informação, onde Pedro Lemos trabalha como jornalista, projeto que surgiu há 11 anos e cuja direção, já na altura, ambicionava lançar uma publicação em papel.
Abordando temas “diferentes” das revistas habituais da região, mais vocacionadas para questões ligadas ao setor imobiliário, a nova publicação foi lançada oficialmente na sexta-feira, mas só na quarta-feira irá para as bancas, com um total de 5.000 exemplares.
A revista, com 96 páginas e um custo de 4,90 euros, pode ser encontrada em todo o Algarve, mas vai estar também disponível em alguns pontos de venda em Lisboa e nos postos de combustível da Autoestrada do Sul (A2).
A capa é uma pintura inédita e feita para a ocasião pelo artista plástico Pedro Cabrita Reis, que é um dos entrevistados da primeira edição, assim como o músico, compositor e ativista português de ascendência cabo-verdiana Dino Santiago, que nasceu em Quarteira e cresceu no antigo Bairro dos Pescadores desta localidade algarvia do concelho de Loulé.
“O Sul Informação é um jornal ‘online’ que já tem mais de 10 anos e agora quisemos fazer uma coisa diferente”, afirmou Pedro Lemos, explicando que o nome da nova revista tem a ver com a “continuidade” em relação ao primeiro projeto, além de fazer referência ao seu ano de lançamento, 2022.
O editor da revista “Dois” promete que a nova publicação vai ter uma “imagem gráfica apelativa” e “textos de fundo” com temas algarvios “não muito falados”.
O primeiro número tem, por exemplo, reportagens sobre os nómadas digitais, a Ilha da Culatra, na Ria Formosa, ou o conhecido restaurante Tia Bia, no Barranco do Velho, uma aldeia do interior algarvio no início da Serra do Caldeirão.
Haverá ainda crónicas de António Branco (antigo reitor da Universidade do Algarve e atual presidente da Orquestra Clássica do Sul), de Maria do Vale Cartaxo (escritora) e de Sandro William Junqueira (escritor).