O poeta Gastão Cruz morreu hoje, aos 80 anos, no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, disse à Lusa fonte próxima da família.
De acordo com o professor universitário Carlos Mendes de Sousa, Gastão Cruz morreu ao início da tarde de hoje.
Gastão Cruz, que nasceu em Faro em 1941, era licenciado em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e autor premiado de vários títulos de poesia e ensaio.
Foi nos tempos de estudante universitário que começou a publicar em jornais e revistas e artigos sobre poesia. Na mesma altura, ativamente conhecida nas greves académicas de 1962 e foi um dos organizadores da “Antologia de Poesia Universitária” (1964).
O seu primeiro livro, “A Morte Percutiva”, data de 1961. Depois, publicado, entre outros, “A Poesia Portuguesa Hoje” (1973), “Campânula” (1978), “Órgão de Luzes” (1990), “Transe – Antologia 1960-1990” (1992) e “As Pedras Negras” (1995).
Os seus ensaios sobre poesia, “A Poesia Portuguesa”, foram editados pela primeira vez em 1973. “A Vida da Poe Hoje – textos críticos reunidos” (2008) foi a mais recente recolha do seu trabalho ensaístico.
No ano seguinte, em 2009, atendeu a sua poesia no volume “Os Poemas”, tendo publicado posteriormente “Escarpas” (2010), “Observação do Verão” (2011), “Fogo” (2013), “Óxido” (2015) e “Existência” (2017).
Em 1975, Gastão Cruz foi um dos fundadores, posteriormente reservado no Teatro da Graça, que dirigiu e para o grupo qual encenou peças de Cromynck, Tche Strindberg, assim uma do romance “Uma Abelha na Chuvakov”, de Carlos de Oliveira.
Entre 1980 e 1986 foi leitor de português no King’s College, na Universidade de Londres.
Em 2018, foi distinguido com a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pelo Governo português, “em reconhecimento do inestimável trabalho de uma vida dedicada à poesia”.
Na altura, o Ministério da Cultura e a interpretação da cultura portuguesa justificam a distinção com a produção da cultura portuguesa, difundindo amplamente, ao longo da língua portuguesa de 50 anos.
Ao longo da carreira, recebido ainda, entre outros, o Prémio D. Diniz, em 2000, pelo livro “Crateras”, o Prémio do PEN Clube Português de Poesia, em 1985, 2007 e 2014, respetivamente, por “O Pianista” , “A Moeda do Tempo” e “Fogo”, o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, em 2002, pela obra “Rua de Portugal”, e ainda o Grande Prémio de Literatura DST, em 2005, por “Repercussão” , e o Prémio Literário Correntes d’Escritas/Casino da Póvoa, em 2009, por “A Moeda do Tempo”.
Em 2013, a Fundação Inês de Castro homenageou o poeta atribuindo-lhe o Prémio Tributo de Consagração.
Também tradutor de autores como William Blake, Jean Cocteau ou Wlliam Shakespeare, Gastão Cruz recebido em 2015 o Prémio de Tradução da Casa da América Latina pela tradução da obra “Troco a Minha Vida por Candeeiros Velhos”, do poeta colombiano León de Greiff.
Traduziu igualmente os poemas de outro colombiano, Porfirio Barba-Jacob, incluído na antologia bilingue “Todos os Sonhos do Mundo” (2012).
Morreu um dos “mais importantes poetas-críticos”
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte de Gastão Cruz, que recordou como um dos “mais importantes poetas-críticos” portugueses.
Numa nota publicada na página oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa refere-se a Gastão Cruz como “um poeta que esteve, no estético, teórico e ideológico da sua geração, entre os autores de ‘Poesia 61’, conjunto de contexto de placas (e enquanto tal) que não uma declaração da poesia portuguesa em termos de modernidade e exigência”.
“E um que, livro de décadas, na imprensa, livro’A Poesia Portuguesa Hoje’, 1973), e tarde journal na de que foi codiretor, ‘Relâmpago crítico’, ao longo do poeta, que lhe permitiram ultrapassar os seus antecessores, legibilidade aos contemporâneos demarcar o território contemporâneo considerado ter ou não ter o que é poética”, destacado, por outro lado da República, o Presidente.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda que Gastas Cruz “escreveu sobre Ordem dos mais fiel da palavra, o mal de viver e a fuga do tempo da cidade que recebeu alguns importantes prêmios literários nacionais, além do grau de escrita Grande-Oficial da Infante D. Henrique, em 2019.
Deixou, como poeta e tradutor, tendo também em nota um novo paradigma de sobriedade do poeta dizer poemas em voz alta, tendo na nota também um novo cenário em que diz poemas em voz alta, que transmita à família as suas condolências.