A recuperação das muralhas do Castelo de Paderne, no concelho de Albufeira, já se encontra concluída.
O Castelo de Paderne é um hisn, uma pequena fortificação rural hispano-muçulmana do período Almóada, em cujas muralhas foi utilizado um único e já perdido processo construtivo: a taipa militar.
Um dos sete castelos representados na bandeira de Portugal, com as suas ruínas de cor avermelhada, constitui assim um dos exemplares mais significativos da arquitetura militar muçulmana na Península Ibérica, destacando-se na paisagem como um aviso de chegada ao Algarve para quem entra na Via do Infante, vindo da A2.
Segundo refere a CCDR Algarve, “o monumento, sob gestão do Município de Albufeira, teve um investimento total de 578 mil euros, sendo o apoio do CRESC Algarve 2020 no montante de 404 mil euros”.
Na segunda e última fase, “a obra de conservação e restauro dos módulos de taipa Almóada das muralhas do Castelo de Paderne foi realizada, ao abrigo de um protocolo de cooperação celebrado entre a então Direção Regional da Cultura do Algarve, a Câmara Municipal de Albufeira e o Programa Operacional Regional do Algarve – CRESC Algarve 2020”.
Numa primeira fase foi restaurada a Torre Albarrã e depois toda a muralha nascente, com técnicas construtivas de restauro em taipa idênticas às realizadas na sua construção pelos Almóadas, entre os séculos XII ou XIII. A intervenção teve como objetivo a consolidação e estabilização dos panos de muralha.
“Preservar o património histórico, não só como forma de manter as nossas raízes, mas também para complementar a oferta turística com produtos culturais é um dos pressupostos dos Fundos Europeus”, destaca a CCDR Algarve.
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