Estrela grega do cinema e do teatro, Irene Papas morreu esta quarta-feira aos 93 anos. ficou célebre junto do público internacional por suas interpretações como Maria Pappadimos em “Os canhões de Navarone”, filme de 1961, e como a viúva de “Zorba o grego”, fime de 1964 e ainda a esposa do político em “Z – A orgia do poder”, de 1968, em que atuou com Yves Montand. Irene Papas “personificou a beleza grega na tela e no palco”, disse a ministra da Cultura grega, Lina Mendoni, em um comunicado.
Aos 12 anos, filha de uma professora e e de um professor de teatro clássico, Irene Papas ingressou numa escola de arte dramática. segundo o jornal italiano “La Repubblica”, nos primeiros anos de profissão actuou como cantora e dançarina, depois passou pela rádio como cantora. Formada em Atenas nos clássicos gregos, Irene Papas interpretou todos os principais papéis trágicos do teatro, começando por Medeia e Electra, mas também participou em produções contemporâneas encenadas pelo Teatro Popular Grego no final dos anos 1950.
Sua ligação com a Itália era forte, a terra de seu exílio que começou quando a junta militar assumiu o poder na Grécia em 1967, explica o “La Repubblica”. Mudou-se depois para Nova York, onde permaneceu até 1974. Mas logo no ano em que chegou aos Estados Unidos, estreou-se na Broadway em “That Summer, That Fall ”.
Participou em mais 60 filmes e a sua última aparição no grande ecrã foi em 2003, no filme “Um Filme Falado”, do realizador português Manoel De Oliveira, em que participaram ainda John Malkovich, Catherine Deneuve, Luís Miguel Cintra e Leonor Silveira. Em 1996, Irene Papas já tinha participado em “Party”, do mesmo realizador.
Em 2018, foi anunciado que Irene Papas sofria de Alzheimer há cinco anos e, desde então, a atriz viveu longe das cenas e se aposentou para a vida privada.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL