O icónico Café Calcinha, em Loulé, reabriu esta terça-feira com nova gerência e imagem renovada.
O Café Calcinha vai funcionar com um novo conceito, associando o funcionamento de um estabelecimento misto de restauração e bebidas a uma programação de âmbito social e cultural.
O espaço é agora gerido pelo casal Fernando Silva e Sara Carvalho e pelo seu filho Ricardo Vaz, que anunciam algumas novidades, nomeadamente, o folhado de Loulé vegan, café no conceito roasted, cervejas artesanais locais e uma carta de vinhos com uma seleção muito especial.
O Café Calcinha foi durante o último século, e até aos dias de hoje, um marco sociocultural da população local e de todos os visitantes, sendo o único espaço de tertúlia na história da cidade de Loulé, que lhe configurou o privilégio de ser o estabelecimento mais emblemático e referenciado na história local.
Inicialmente denominado Café “Central”, carioca de origem, é a réplica de um seu congénere brasileiro que Prazeres & Reis trouxe e implantou em 1927.
António Aleixo, o maior poeta popular português, escreveu no Café Calcinha muitas das suas quadras. A sua figura está perpetuada à porta do Calcinha, numa estátua em sua memória.
O Café Calcinha foi classificado como Imóvel de Interesse Municipal em 2012 e em 2014 foi adquirido pela Câmara Municipal de Loulé com o objetivo de preservar a sua identidade, faz parte da “Rota dos Cafés de Portugal com História”.