É “um dos maiores eventos culturais do país”, que decorre entre sexta-feira e domingo, após dois anos de interregno devido à pandemia. É em Braga e o presidente da autarquia espera mais de um milhão de pessoas na Noite Branca.
“Este já não é um evento local, é um dos maiores eventos culturais do país. São 150 atividades de programação cultural, são muitas atividades dirigidas para todo o público, familiar e não só. E, nesse sentido, há muitos visitantes de outros pontos do país e até de fora do país, que aqui se deslocam expressamente para participar na Noite branca”, afirmou Ricardo Rio, em declarações à agência Lusa.
Ao longo dos três dias e de mais de 48 horas de “intensa atividade cultural”, o público pode usufruir de centena e meia de iniciativas, nomeadamente de várias instalações, de performances, de arte pública e contemporânea, de exposições, de programação infanto-juvenil e de concertos, divididos por cinco palcos, pelos museus, pelas salas de espetáculo e pelo espaço público da cidade.
A Noite Branca arranca na sexta-feira com as atuações de Áurea e de Fernando Daniel, no Palco Praça, seguindo-se o DJ Wilson Honrado.
No Palco Avenida atuará a Orquestra Folk Sondeseu e Daniel Pereira Cristo, “numa colaboração transfronteiriça”, seguindo-se Ivandro, “um dos novos talentos do panorama musical português”, enquanto no Palco Rossio “os Meninos do Rio prometem muita música e dança”, refere o município, em comunicado.
“No sábado, a celebração continua com concertos de Richie Campbell e Virgul no Palco Praça, seguindo-se a presença dos fenómenos de popularidade Nenny e Syro no Palco Avenida. Já o Palco Rossio acolherá os espetáculos de Benjamin, Kimi Djabaté e Michael Lauren Trio”, acrescenta a autarquia.
Para o último dia estão agendados os concertos de Sofia Escobar e da Orquestra Filarmónica de Braga, no Palco Avenida, e do Trio Pagú, no Palco Praça.
A câmara frisa que a “arte pública assume um lugar de relevo na programação da Noite Branca 2022, com instalações artísticas que prometem envolver a comunidade em trabalhos de artistas como Cátia Esteves, Alberto Vieira, Acácio de Carvalho ou Zélia Mendonça”.
A cidade vai também acolher, pela segunda vez, o FENDA – Festival de Arte Urbana, “iniciativa que reúne artistas locais e internacionais para disseminar a arte urbana na Cidade e cujas obras serão inauguradas na Noite Branca de Braga”.
“A Noite Branca incluirá mercados de rua e atividades nos museus, as galerias de arte de espaços culturais da cidade, numa jornada contínua de visitas, oficinas, exposições e espetáculos repletos de história, museologia e património”, refere ainda o município.
Ricardo Rio lembra que a Noite Branca já tem uma década de existência, e que, de ano para ano, – tirando os dois anos de interrupção por força da covid-19 – “tem registado um crescimento em termos da diversidade da programação e de dinâmicas que lhes estão associadas”, o que “tem gerado uma maior visibilidade e uma maior atratividade”.
O autarca de Braga assume que este ano a autarquia “fez um investimento acrescido” no reforço da programação, do ponto de vista cultural, em diversos espaços públicos e não só, destacando o cartaz musical assim como outras atividades programadas.
“E isso leva-nos a acreditar que vamos ultrapassar o número de participantes da última edição, o que quererá dizer, que, quer na noite de 02, quer na noite de 03 de setembro, poderemos ter quase meio milhão de pessoas aqui na cidade de Braga. Cerca de um milhão de pessoas nos dois dias”, vaticina o presidente da Câmara de Braga.
Ricardo Rio revela que o investimento do município “é de quase um milhão de euros”, que terá um duplo retorno: o económico e financeiro e o benefício cultural.
“São dias em que temos a hotelaria completamente lotada, em que é difícil encontrar uma mesa num restaurante, em que há muito consumo durante todo o fim de semana, em todo o comércio local, e há associado a isso também uma dimensão de visibilidade, que depois gera benefícios no futuro, até do ponto de vista da visitação turística”, salienta Ricardo Rio.
Além deste retorno, o autarca destaca igualmente um outro “importante benefício”.
“Que é o beneficio da atividade cultural e do acesso a um conjunto de dinâmicas culturais que fazem parte da imagem identitária de Braga, uma cidade que é uma capital de cultura por natureza, e, que, obviamente, usa também estas atividades como forma de facultar aos seus residentes o acesso a este tipo de atividades”, conclui Ricardo Rio.