O escritor José Carlos Barros vai apresentar, na próxima sexta-feira, pelas 18:30, o livro “Taludes Instáveis – Poemas Escolhidos”, sob a chancela da Dom Quixote, na Casa Álvaro de Campos, em Tavira. A entrada é livre.
“Luminosa tanto quanto pairando à beira das sombras e da perdição, e tão profundamente solitária quanto o seu autor, talvez esta poesia esteja condenada a ser um fragmento para recordação de um tempo de guarda-rios e pequenos pântanos, como talvez fosse possível numa certa leitura da nossa tradição lírica – com menos epopeia e menos gosto pela solenidade. A sua grandeza é também essa, a de retomar aquilo que pode ser recordado, o que faz de José Carlos Barros um dos nossos grandes poetas”, afirma Francisco José Viegas, no prefácio da obra.
José Carlos Barros (Boticas, 1963) é licenciado em Arquitetura Paisagista pela Universidade de Évora e vive no Algarve, em Vila Nova de Cacela.
A sua atividade profissional tem sido exercida nos domínios do ordenamento do território e da conservação da natureza. Foi diretor do Parque Natural da Ria Formosa.
É autor, entre outros, dos livros de poesia Uma Abstracção Inútil, Todos os Náufragos, Teoria do Esquecimento, Pequenas Depressões (com Otília Monteiro Fernandes) e As Leis do Povoamento (editado também em castelhano). Com Sete Epígonos de Tebas venceu o Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama 2009.
Em 2003 estreou-se na prosa com O Dia em Que o Mar Desapareceu. Venceu vários prémios literários (com destaque para o Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama, que lhe foi atribuído duas vezes) e os seus textos poéticos estão publicados em vários países.
O Prazer e o Tédio foi o seu primeiro romance, seguido de Um Amigo Para o Inverno (Casa das Letras, 2013), com o qual foi finalista do Prémio LeYa em 2012.
O Uso dos Venenos, ed. Língua Morta (2ª edição, 2018), A Educação das Crianças, ed. Do Lado Esquerdo Editora, 2020, Estação – Os Poemas< do DN Jovem, 1984-1989, ed. On y Va, 2020, e Penélope Escreve a Ulisses, Edições Caixa Alta, 2021, são os seus livros mais recentes (poesia).
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