A partir de 8 de fevereiro e terminados os 15 dias da interrupção letiva em vigor, os alunos do ensino básico e secundário regressam às aulas à distância. Mas para compensar esta pausa forçada, o que deviam ser as pausas letivas tradicionais vão passar a ser dias de aulas, online ou presenciais, consoante a evolução da situação epidemiológica no país nessas alturas.
Estes 10 dias úteis de interrupção letiva serão compensados durante os três dias das férias do Carnaval (15, 16 e 17 de fevereiro), mais dois na pausa da Páscoa (a interrupção nesta altura vai de 24 de março a 5 de abril e os dias 25 e 26 devem ser de trabalho, espera-se, já na escola) e os restantes numa semana após o final do ano letivo.
Uma das medidas previstas no decreto que renova o Estado de Emergência, aprovado esta quinta-feira no Parlamento, tem precisamente a ver com a “alteração ou prolongamento de períodos letivos, o ajustamento de métodos de avaliação e a suspensão ou recalendarização de provas de exame.”
No final do Conselho de Ministros que determinou mais medidas a aplicar no décimo estado de emergência, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, explicou que para já são todos os estabelecimentos de ensino que vão continuar fechados a partir de 8 de fevereiro e durante mais 15 dias, do pré-escolar ao secundário (as creches, da tutela do Ministério do Trabalho, também).
REGRESSO À ESCOLA ASSIM QUE POSSÍVEL, DE TODOS OU DOS MAIS NOVOS
O objetivo é sempre permitir o regresso mais rápido possível de todos às escolas. Mas um retorno ao ensino presencial de forma faseada não está excluído. “A cada 15 dias veremos que níveis de ensino poderão abrir, desde que haja condições de segurança para isso”, explicou Brandão Rodrigues, lembrando que os especialistas têm apontado as crianças – em idade de frequentar o pré-escolar até ao 2º ciclo do básico – como transmitindo menos a doença e sendo muito menos afetada por ela.
Sobre as condições para regressar ao ensino à distância, como aconteceu no primeiro confinamento, o ministro garantiu que escolas e professores estão mais bem preparados e que centenas de milhares de computadores já foram distribuídos: 100 mil pelo Ministério da Educação e que foram entregues aos alunos mais carenciados do ensino secundário e muitos oferecidos por privados, autarquias e juntas de freguesia,
O Ministério tem já garantida a compra de mais 335 mil computadores, mas estes só começarão a chegar às escolas ao longo do 2º período. E lembrou que outros países, além de Portugal, tiveram dificuldade de realizar a compra destes equipamentos no mercado internacional.
Durante a interrupção letiva que prossegue na próxima semana, manter-se-ão abertas as escolas designadas para acolher os filhos dos profissionais que não podem deixar de trabalhar fora de casa – por estes dias, estas escolas receberam em média duas mil crianças – e também continuarão a ser servidas, em take away, refeições para os alunos mais carenciados. De acordo com o ministro, têm sido servidas diariamente mais de 20 mil refeições.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso