A Companhia Olga Roriz (COR) procura pessoas para participarem no espetáculo
“A hora em que não sabíamos nada uns dos outros”, que vai ser apresentado no Cineteatro Louletano no próximo dia 29 de abril.
A companhia procura estudantes de dança ou teatro (contemporânea, de salão, urbana ou outras), entre os 18 e os 30 anos e pessoas, preferencialmente com alguma experiência (teatro, danças de salão, urbanas ou outras) residentes em Loulé, entre os 45 e os 70 anos, para partilharem o palco com os sete intérpretes da COR que compõem o elenco do espetáculo.
A seleção terá lugar no dia 12 de fevereiro (por grupos, das 10:00 às 18:00 a confirmar), no Palácio Gama Lobo / Palácio dos Espanhóis
Os interessados devem responder a este Open Call via email para [email protected]
Os interessados devem indicar nome, idade, origem/nacionalidade, email, fotografia de rosto, fotografia de corpo inteiro, medidas e informação adicional que ache relevante através do email [email protected] até ao dia 6 de fevereiro.
Mais informações aqui.
Sobre o espetáculo
Do dramaturgo alemão, Peter Handke “A hora em que não sabíamos nada uns dos outros” (1992), é uma peça originalmente composta por 450 personagens, que caminhando numa praça representam uma cidade que hoje vivemos. Handke foi inspirado pelas contínuas viagens e vistas das suas incontáveis janelas de hotel.
O seu objetivo seria criar um dia na vida de uma praça da cidade seguindo um conjunto de direções de palco. Em vez de copiar ações diretamente do guião e transpor para palco a realidade, quer-se desenvolver outro tipo de reflexão e construção.
A peça tem direção de Olga Roriz e tradução de João Barrento. Integram o elenco António Bollaño, Dinis Duarte, Leonor Alecrim, Marta Jardim, Marta Lobato Faria, Roge Costa, Yonel Serrano e a comunidade local.
Sobre Olga Roriz
É doutorada honoris causa pela Universidade de Aveiro por distinção nas Artes (2017). É membro da Academia das Ciências de Lisboa, classe das Letras.
Teve como formação artística na área da Dança o curso da Escola de Dança do Teatro Nacional de S. Carlos com Ana Ivanova e o curso da Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa. Em 1976 integrou o elenco do Ballet Gulbenkian sob a direção de Jorge Salavisa, permanecendo até 1992 onde foi primeira bailarina e coreógrafa principal.
Em 1992 assumiu a direção artística da Companhia de Dança de Lisboa. Em 1995 fundou a Companhia Olga Roriz. O seu repertório na área da dança, teatro, ópera e vídeo é constituído por mais de 90 obras. Criou e remontou peças para o Ballet Gulbenkian, Companhia Nacional de Bailado, Ballet Teatro Guaira (Brasil), Ballets de Monte Carlo, Ballet Nacional de Espanha, English National Ballet, American Reportory Ballet, Maggio Danza e Alla Scala. Internacionalmente os seus trabalhos foram apresentados nas principais capitais europeias, e diversos países.
Na área do cinema realizou quatro filmes, Felicitações Madame, A Sesta, Interiores e A casa. Uma biografia sobre a sua vida e obra foi editada pela Assírio&Alvim (2006) com texto de Mónica Guerreiro. Escreveu Narrativas do Corpo sobre o seu processo criativo (2018).
Olga Roriz já foi distinguida com relevantes prémios nacionais e estrangeiros. Entre eles destacam-se o 1º Prémio do Concurso de Dança de Osaka-Japão (1988), Prémio da melhor coreografia da Revista Londrina Time-Out (1993), Prémio Almada (2004), condecoração com a insígnia da Ordem do Infante D. Henrique – Grande Oficial pelo Presidente da República (2004), Grande Prémio da SPA e Milleniumbcp (2008), Prémio da Latinidade (2012), distinção com o prémio Mulheres mais Influentes de Portugal, edição de 2016, pela revista EXECUTIVA, prémio SPA (2018) para melhor coreografia com a peça ‘Síndrome’, prémio SMA –, atribuído pela CM da Figueira da Foz (2019) e a Medalha de honra da SPA (2019).
Sobre a Companhia Olga Roriz
A Companhia Olga Roriz, fundada em 1995 com o apoio financeiro do Ministério da Cultura e dirigida pela coreógrafa Olga Roriz, tem sido ao longo destes 27 anos uma referência de qualidade profissional e artística no panorama da dança contemporânea.
A companhia caracteriza-se e diferencia-se pelo facto de ser uma companhia de autor que criou uma vasta obra com um perfil e estilo próprios. Todas as produções são o resultado de um intenso processo criativo, de investigação, partilha e reflexão.
Esta Companhia tem apresentado as suas produções em todos os espaços culturais de referência nacionais. Internacionalmente já atuou em Cabo Verde, França, Itália, Alemanha, Polónia, Brasil, Espanha, Checoslováquia, EUA, Macau. Coreia do Sul e Moçambique e Tailândia.
A companhia reside em Lisboa, no Palácio Pancas Palha, onde desenvolve atividades de criação, produção, formação, investigação, residências artísticas, projetos comunitários de inclusão social e apoios a jovens criadores dentro das artes performativas.