Eminem escreveu um ensaio para a revista “XXL”, no qual aborda, entre outros temas, a sua luta contra o vício em drogas.
Sóbrio há 13 anos, o rapper partilha: “O meu vício não começou logo no começo da minha carreira, quando apareci. Só comecei a consumir drogas no no início [da promoção do] primeiro álbum. E drogas duras só quando fiquei famoso. Andava a experimentar, não tinha uma droga favorita. Antigamente, íamos em digressão e as pessoas davam-nos drogas, de borla. Durante algum tempo consegui aguentar, mas depois tornou-se demasiado [complicado] e já não conseguia parar”.
“Durante algum tempo consegui esconder o meu problema. Mas, antes do [álbum] “Encore” [2004], o vício começou a piorar. Andava a tomar vicodin, valium e álcool. Desapareci durante algum tempo e não expliquei porque é que me tinha ido embora”, recorda Eminem, lembrando um episódio em que atuou com 50 Cent e G-Unit e o primeiro teve de o substituir numa entrevista. “Uma das apresentadoras estava a falar comigo e eu não percebia uma palavra do que ela dizia”, lembra.
Com a morte de D12, membro da banda que foi liderada por Eminem, o seu estado piorou. “Quando o Proof morreu, lembro-me de ficar em casa, deitado na cama, e de não me conseguia mexer. Tomava cada vez mais comprimidos e durante dois dias não consegui andar. Nessa altura, tinha uns dez dealers ao mesmo tempo. Tomar entre 75 e 80 valiums por noite é muito. Andava a anestesiar-me”, explica.
De momento, afirma Eminem, o seu objetivo é apenas um: “tentar ser sempre melhor rapper”. Porém, reconhece que não se concentra demasiado nas vendas e nos topes: “Concentro-me é em pessoas como Kendrick Lamar, Joyner Lucas, J. Cole e Big Sea, e naquilo que eles fazem. Porque eles também estão concentrados em serem os melhores rappers”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL