O governador do Banco de Portugal inaugurou esta terça-feira, na agência do banco em Faro, a exposição “Tomemos, então, nós, cidadãos comuns, a palavra e a iniciativa”, acompanhado pela presidente da Fundação José Saramago, Pilar del Rio.
A mostra esteve patente pela primeira vez em dezembro passado em Lisboa para celebrar os 75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos, os 25 anos do Nobel atribuído a Saramago e, também, para dar a conhecer a Carta Universal dos Deveres e Obrigações dos Seres Humanos.
Na ocasião, o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, sublinhou, nas breves declarações que fez aos jornalistas, que a exposição “demonstra a importância que a instituição tem dado à relação com a comunidade”.
“Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra e a iniciativa. Com a mesma veemência e a mesma força com que reivindicarmos os nossos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo possa começar a tornar-se um pouco melhor”, disse José Saramago, em Estocolmo, em 1998.
Presente na inauguração em Faro, a viúva do Nobel português e presidente da Fundação Saramago, Pilar del Rio, lamentou que a Carta Universal dos Deveres e Obrigações dos Seres Humanos, que teve origem no apelo do escritor feito no discurso de Estocolmo, ainda não tenha a visibilidade que se pretendia.
A exposição com imagens do fotojornalista espanhol Gervasio Sánchez vai, em seguida, percorrer outras capitais de distrito onde o Banco de Portugal tem agências.
Ainda esta tarde, Mário Centeno regressa à terra onde viveu até aos 15 anos, Vila Real de Santo António, também no Algarve, para dar uma aula aberta na Escola Secundária da cidade.
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