Terminaram na última sexta-feira, dia 11, as prospeções geofísicas com georadar nos terrenos onde, há 2 mil anos, se edificou a cidade romana de Balsa, foi hoje anunciado pela Universidade do Algarve.
Durante uma semana, foram rastreados vários hectares de terreno com um radar de penetração no solo 3D multifrequência de última geração (georadar 3D), numa parceria realizada entre a unidade de geodeteção da Universidade de Cádis e a Universidade do Algarve.
“Este equipamento de ponta permitirá ter imagens a três dimensões do subsolo, detetando estruturas e outras construções romanas enterradas, a sua configuração e a profundidade a que se encontram”, salienta em comunicado.
Devido à pandemia, as escavações arqueológicas previstas para este verão foram canceladas, mas o projeto em curso sobre Balsa continuou com trabalhos de deteção remota do que resta da antiga cidade.
Pela primeira vez foram feitas investigações em alguns terrenos da antiga Quinta das Antas onde os arqueólogos suspeitam poder situar-se um grande edifício de espetáculos referido em duas inscrições dali oriundas e que referem a existência de um circus. Realizaram-se, também pela primeira vez, pesquisas arqueológicas na colina em torno das casas da quinta da Torre d’Aires, núcleo central do burgo romano.
A realização desta investigação de campo, que consistiu em “radiografar” o subsolo, passando pela superfície o aparelho de georadar com 2,7 metros de largura, atrelado a uma viatura 4×4, só foi possível devido à boa vontade de alguns proprietários de terrenos situados na quinta de Tore d’Aires e a nascente desta quinta, que se aliaram ao projeto, permitindo efetuar este tipo de trabalhos arqueológicos não invasivos nas suas propriedades.
Os resultados do levantamento de campo levado a cabo por uma equipa de 5 investigadores da Universidade de Cádis, liderados pelo catedrático Lázaro Lagóstena Barrios, acompanhados pelo coordenador do projeto João Pedro Bernardes, da Universidade do Algarve, e pelo arqueólogo do município de Tavira, Celso Candeias, serão conhecidos em novembro, após um complexo processo de filtragem e de análise dos dados por software sofisticado.
“Os resultados deste trabalho trarão um avanço significativo no conhecimento do que ainda subsiste da cidade, na forma como se organizava o seu urbanismo e o tipo de edifícios que ali existiram”, conclui o comunicado.
A pesquisa por georadar 3D vem na sequência das escavações arqueológicas efetuadas no ano passado e integram-se no projeto financiado pelo Programa Operacional do Algarve CRESC 2020, “Balsa, searching the origins of Algarve”, liderado pela Universidade do Algarve e o Centro de Ciência Viva de Tavira, a que se associam a Direção Regional de Cultura do Algarve e a Câmara Municipal de Tavira.
SOBRE A UALG
A Universidade do Algarve (UAlg) tem atualmente cerca de 8 mil estudantes, 23% dos quais internacionais, oriundos de mais de 85 nacionalidades, onde se destaca o Brasil, país com maior representatividade, ultrapassando os 900 estudantes.
Com 41 anos de existência, aparece pela segunda vez consecutiva no ranking do Times Higher Education (THE) Young University Rankings 2019, que analisa o desempenho de instituições de ensino superior criadas há 50 anos ou menos, destacando-se no indicador que avalia a projeção internacional.
Em 2019 voltou a integrar a lista das melhores do mundo no Shanghai Ranking’s Global Ranking of Academic Subjects, destacando-se como a melhor universidade portuguesa na área de Hospitality & Tourism Management. O Shanghai Ranking’s selecionou as 300 melhores instituições de todo o mundo, colocando a UAlg no Top 100, com a melhor classificação nacional nesta área, entre as posições 51-75, liderando o lote das quatro universidades portuguesas avaliadas. Pela primeira vez, na posição 101-125, também apareceu no ranking doTimes Higher Education (THE) Europe Teaching Rankings 2019, que analisa o desempenho do ensino em instituições de ensino superior europeias.
Em 2020 integra pela primeira vez o Times Higher Education Impact Rankings, que avalia o desempenho e contributo das universidades para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, colocando-se na posição 201-300, entre 766 IES, de 85 países, que cumpriram os requisites de inclusão.
A UAlg oferece cursos de formação inicial e pós-graduada, nas suas diversas áreas de formação: Artes, Comunicação e Património; Ciências Sociais e da Educação; Ciências e Tecnologias da Saúde; Ciências Exatas e Naturais; Economia, Gestão e Turismo; Engenharias e Tecnologias.
A sua localização privilegiada junto ao Aeroporto Internacional de Faro e o grande número de novas rotas aéreas de ligação às principais cidades portuguesas (Porto e Lisboa) e europeias, bem como as excelentes condições que a UAlg e a região têm para oferecer, fazem com que, cada vez mais, a Academia do Sul do país adquira um estatuto central e internacional.