No ano em que completa 15 anos de existência, o Teatro das Figuras, cujo surgimento enquanto palco capaz de dar resposta às maiores exigências técnicas que os espetáculos requerem veio alterar o panorama artístico local e regional, é hoje uma referência na programação artística nacional e consegue, apesar dos tempos atípicos que vivemos, manter as propostas fundamentais previstas desde o início do ano.
É o caso do festival Dance, Dance, Dance que decorre já em setembro; a recriação do concerto Beethoven Akademie 1808 em outubro; e dos projetos comunitários Teatro de Vizinhos e Cortes de Faro em novembro, mês que acolhe ainda a antestreia da peça Atlântico de Tiago Cadete, que estreia depois no Teatro Nacional D. Maria II.
Em setembro decorre o festival de dança contemporânea Dance, Dance, Dance, que apresentará três momentos fundamentais: RITE OF DECAY, de Joana Castro, no dia 19; a estreia da coprodução do Teatro das Figuras e do Espaço do Tempo da peça DEN.TRO de Maria Fonseca no dia 24; e do espetáculo Dueto de Diana Niepce, no dia 26.
Antes, de 7 a 15 de setembro e no âmbito do Festival Verão Azul, do qual o Teatro das Figuras é coprodutor, decorre a residência de Miguel Boneville para a criação da peça A Importância De Ser Alan Turing, com ensaio aberto no dia 15.
A 16 de setembro, o inglês Peter Kember, mais conhecido por Sonic Boom, nome revelador das suas obsessões com o som enquanto fenómeno de elevação mental, apresenta o espetáculo All Things Being Equal que, imune a tendências externas, não cede ao peso do tempo em dez canções quase orquestrais de eletrónica, nascidas de uma armada de sintetizadores modulares e analógicos.
Nota ainda para o facto de se manter a programação paralela das palestras online Vidas Com Arte, que começou na quarentena e tem como objetivo dar a conhecer os percursos artísticos e criativos de artistas já com créditos firmados mas também de novos artistas emergentes. No dia 25 de setembro a convidada será a bailarina, coreógrafa e escritora Diana Niepce, no dia 14 de outubro o coreógrafo Victor Hugo Pontes e encerra a 16 de novembro, com o incontornável encenador Ricardo Pais.
A música é naturalmente o grande destaque de outubro, com os concertos Carta a Amália de Júlio Resende no dia 1, assinalando o Dia Mundial da Música e os 100 anos do nascimento de Amália Rodrigues e de Camané e Mário Laginha no dia 16. Nota ainda para a estreia da coprodução com o LAMA – Laboratório de Artes e Média do Algarve, da peça de teatro juvenil Romeu e Romeu, no dia 15, para a apresentação da peça Turma de 95 de Raquel André da qual o Teatro das Figuras é coprodutor e para a recriação do concerto Akademie que Beethoven deu em 1808, pela Orquestra Clássica do Sul, no âmbito do 250.º aniversário do nascimento do compositor, que decorre dias 29 e 31.
Novembro revela, no dia 6, a estreia da coprodução com o JAT – Janela Aberta Teatro da peça Teatro de Vizinhos, um projeto com direção de Miguel Martins Pessoa e consultoria da argentina Edith Scher, uma das referências mundiais do Teatro Comunitário. Ainda na lógica no Teatro Comunitário, dia 21 decorre a estreia de As Cortes de Faro, que resulta de uma encomenda do Teatro das Figuras a Rui Catalão.
A Companhia Nacional de Bailado apresenta as novas criações de Marco da Silva Ferreira e Filipe Portugal no dia 14. E, a finalizar o mês, a 28 de novembro, o destaque vai para a antestreia da peça de teatro Atlântico, uma coprodução do Teatro Nacional D. Maria II, Festival END (Coimbra) e Teatro das Figuras.
O ano não termina sem que dezembro volte a trazer música ao Teatro das Figuras, com os concertos de Aldina Duarte e Sílvia Perez Cruz & Farsa Circus Band agendados para 5 e 15 de dezembro, respetivamente. A estreia da coprodução da peça Animais Carnívoros de Miguel Moreira com direção de Rogério de Carvalho. A Companhia de Dança do Algarve em coprodução com o Teatro das Figuras apresenta ainda o habitual espetáculo de Natal entre 17 e 20 de dezembro.
Mais informações sobre a programação do Teatro das Figuras aqui.