A inauguração da exposição “Montanhas de Amor”, de Milita Doré, vai ter lugar no dia 10 de outubro, entre as 17:00 e as 20:00, na Associação 289 (Sítio Pontes de Marchil, IC4, 8005-518), em Faro. E estará aberta ao público até ao dia 29 de novembro, de sexta-feira a domingo, das 15:00 às 19:00.
Para a inauguração, foram convidados os artistas Ana André, Bertílio Martins, Catarina Correia, Christine Henry, Francisco Valente, Gustavo Jesus, Jorge Graça, Manuel Rodrigues, Miguel Cheta, Susana de Medeiros, Tiago Batista e Vasco Célio.
Devido à pandemia, a entrada e permanência no espaço cumprirão as normas da Direção-Geral da Saúde, “para que o público possa usufruir do espaço e da exposição em segurança”, explica a organização em comunicado, e acrescenta que “para controlo do número de pessoas e de tempo de permanência no espaço, solicita-se aos interessados que queiram estar na inauguração do evento, que façam uma marcação prévia”.
A marcação deverá ser feita através do e-mail dirigido à Associação 289 ([email protected]) entre o dia 1 e 7 de outubro, “escrevendo os nomes de quem pretende visitar a exposição e o número de elementos do grupo.”
Depois de enviado o e-mail, será enviada uma resposta de confirmação ou sugestão de outra hora em virtude do limite de pessoas em permanência no espaço.
As horas disponíveis serão as seguintes: 17:00 – 17:45 | 17:45 – 18:30 | 18:30 – 19:15 | 19:15 – 20:00.
A artista Milita Doré estará presente em visitas guiadas para grupos até 10 elementos, nos dias 23 de outubro, 7 de novembro e 22 de novembro às 16:00.
Sobre a exposição
“‘Montanhas de Amor’ é uma exposição que expande a ideia de paisagem da artista que adentra, pela primeira vez, na paisagem inusitada do próprio corpo, região até então inexplorada”, explica Marian Tavares.
“A decisão de autorretratar-se, e de se deixar retratar, surgiu num momento de estrema sensibilidade com a descoberta de um cancro na mama”, acrescenta.
A artista decidiu convidar amigos/as para retratá-la antes de sofrer o tratamento que iria deixar cicatrizes, reais e metafóricas, no seu corpo.
Entre vídeos, esculturas, instalações, fotografias e desenhos, Milita Doré reafirma a sua condição de mulher e artista.
Mirian Tavares considera que artista é uma “criadora de paisagens, condutora do seu próprio destino” e que “transformou as obras dos outros em suas”, fundindo “as representações com a presença do próprio corpo que se deixou retratar, que não resistiu, que se deu de forma generosa e que foi acolhido por mãos e olhos afetuosos”.
Sobre a autora
Milita Doré é natural de Albufeira. Licenciada em Artes Visuais pela Universidade do Algarve, o seu trabalho incide em torno da presença do corpo.
Observadora silenciosa dos seres humanos e dos seus interesses. Milita trabalha de forma emotiva mas também realista.
As suas obras já estiveram patentes em exposições tais como a EVO Frauen in den Weltreligionen, no Franenmuseum (Bonn,2013),na Galeria Trem com um assunto de mulher (Faro,2015) e em 289 – Um Projeto de Pedro Cabrita Reis na Associação 289 (Faro,2018) entre outras.