Rui Sanches é o próximo convidado do ciclo de conferências temáticas “Mestres e Discípulos nas Artes, nas Ciências, nas Humanidades”. O escultor vai apresentar o tema “Diálogos no Tempo”, este sábado, dia 22, às 11 horas, na Alcaidaria do Castelo de Loulé.
“Posso dizer que o meu trabalho como escultor se formou na consciência de que o trabalho artístico só fazia sentido numa relação de diálogo permanente com outros autores, de diversos momentos históricos”, explica Rui Sanches.
Nesta conversa vai apresentar, de forma sucinta, a maneira como os encontros que teve durante a sua formação, com obras de autores seus contemporâneos e outras com muitos séculos de existência, lhe permitiram estruturar um discurso pessoal. “Tentarei também mostrar, através de imagens, a maneira como esse discurso se foi desenvolvendo até aos dias de hoje”, esclarece o escultor.
A próxima conferência terá lugar a 12 de Abril, as 11 horas, na Sala de Seminários da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (edifício 1) da Universidade do Algarve, no Campus de Gambelas. Pedro Ferré irá falar sobre os “Mestres e discípulos: da literatura aos estudos literários”.
Conferências visam lançar reflexão
“Mestres e Discípulos nas Artes, nas Ciências, nas Humanidades” é o título do ciclo de conferências que se realiza no âmbito do Mestrado em Comunicação, Cultura e Artes da Universidade do Algarve, em parceria com o Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC) e com a Câmara de Loulé. Tem como objectivo lançar a reflexão sobre o modo como se opera a transmissão do conhecimento através da definição e sedimentação de linhagens em distintas áreas do saber representadas no ciclo (mesmo naquelas cuja metodologia não é, aparentemente, tangencial). Partindo das abordagens dos convidados que vêm partilhar o seu testemunho sobre o processo de transmissão de saberes, de técnicas, de paradigmas epistemológicos e artísticos, em áreas como a música, a escultura, a biologia, a literatura ou o teatro, procurar-se-á entender se a definição de linhagens consiste num fenómeno transversal ou universal, ou se, pelo contrário, as especificidades do conhecimento humanístico, científico e artístico geram também mecanismos autónomos no estabelecimento das relações de filiação entre mestres e discípulos.