Foi revelado que na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto há uma equipa de investigadores a desenvolver um método de Inteligência Artificial (IA) para acelerar o processo de desenvolvimento de novos medicamentos e moléculas.
Segundo a FMUP, o propósito é combater de forma mais eficaz bactérias multirresistentes, assim, com um algoritmo de IA generativa que consigam originar novas moléculas potencialmente terapêuticas e que se consigam ajustar rapidamente às doenças e com resultados positivos.
A Sic Notícias adianta que numa fase mais evoluída “a estratégia passa por atuar, em particular, contra as bactérias multirresistentes, mas com a possibilidade de adaptar o modelo a outras doenças e terapêuticas“
Os investigadores responsáveis pelo projeto nomeado “Inteligência Artificial aplicada à descoberta de novos antibióticos” são Inês Ribeiro Vaz, Bruno Macedo e Tiago Taveira Gomes.
De momento, foi desenvolvido um algoritmo com base na utilização de grandes quantidades de moléculas familiares a toda a comunidade científica – algoritmo MedGAN, que tem a estrutura molecular baseada na quinolina, uma das substâncias mais prevalentes na natureza e também o componente central de diversos medicamentos atualmente em uso.
Num artigo recentemente publicado na revista científica Scientific Reports da Nature, os pesquisadores apresentaram a otimização de um algoritmo de IA. Este algoritmo compara os efeitos de várias combinações de parâmetros e arquiteturas de uma rede generativa.
Comprovou-se que estas estruturas são válidas e inovadoras tal como “suficientemente grandes e complexas na sua composição e com ótimos perfis preditivos de biodisponibilidade, toxicidade e síntese. Na prática, significa que são bons promissores de potenciais fármacos no futuro” segundo os investigadores.
Com os bons resultados nas fases iniciais tudo indica que estes dados levem a uma nova fase que irá ensinar o algoritmo a entender o que determina uma ligação entre uma molécula e um alvo, e assim, levar à geração de novas moléculas para o mesmo alvo.
O objetivo deste projeto é disponibilizar até ao próximo ano novos compostos que levem a ensaios clínicos. Assim, progredindo na tecnologia e na saúde.
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