Muitos condutores em Portugal mantêm o hábito de conduzir na via do meio das autoestradas, mesmo quando não estão a ultrapassar outros veículos. No entanto, este comportamento pode resultar em coimas avultadas e até na perda temporária da carta de condução.
Segundo o Código da Estrada, em vias de três faixas, os condutores devem circular pela direita, exceto para ultrapassagens, mudança de direção ou para desviar de algum obstáculo. Angela Fonseca, especialista em legislação rodoviária, sublinha que “a norma visa não só uma melhor organização do tráfego, como também a segurança de todos os utilizadores da via, prevenindo ultrapassagens pela direita, que são perigosas.”
Quem persistir em conduzir na via do meio, sem justificação, comete uma contraordenação muito grave. Neste caso, a coima pode ir dos 60 aos 300 euros, dependendo das circunstâncias e reincidências. Mas há mais: quem infringe esta norma também pode ficar sem a carta de condução por um período entre dois meses e dois anos e perder quatro pontos na carta.
Este comportamento é frequentemente interpretado como uma prática de condução defensiva, mas, de acordo com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, os dados indicam que a ocupação desnecessária da via central contribui para o aumento de conflitos de tráfego e pode motivar ultrapassagens arriscadas pela direita. Assim, recomenda-se que os condutores sigam sempre pela via mais à direita, a menos que estejam a realizar uma manobra permitida pela lei.
Para evitar estas sanções, convém relembrar que uma condução mais prudente e atenta às normas pode reduzir o risco de multas e contribuir para uma circulação mais harmoniosa e segura nas autoestradas portuguesas.
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