As temperaturas baixas do outono e do inverno podem transformar-se num problema sério para o motor do automóvel. De acordo com o portal dedicado à indústria automóvel, Motor 24, o frio intenso afeta diretamente a lubrificação, a densidade dos líquidos e a resistência dos materiais, aumentando o risco de danos internos graves. Quando o mercúrio desce demasiado, basta um pequeno descuido para comprometer o funcionamento do motor e a reparação pode ultrapassar facilmente os 1.000 euros.
O comportamento do condutor nas manhãs frias é determinante. Ligar o carro e arrancar de imediato pode parecer inofensivo, mas é precisamente este gesto que mais contribui para o desgaste prematuro do motor. Há cuidados simples que reduzem o impacto das baixas temperaturas e ajudam a evitar avarias dispendiosas.
O perigo de arrancar com o motor frio
Segundo a mesma fonte, quando um automóvel passa a noite ao ‘relento’, o óleo e o líquido anticongelante perdem parte das suas propriedades. Se o motor for posto a trabalhar e forçado logo de seguida, as peças internas podem sofrer fricção excessiva devido à falta de lubrificação adequada. A publicação recomenda deixar o motor ao ralenti durante alguns minutos antes de iniciar a condução, permitindo que atinja a temperatura de funcionamento ideal.
Este breve período de aquecimento evita ruturas em componentes sensíveis e contribui para estabilizar a densidade dos líquidos. Conforme a mesma fonte, este cuidado simples é especialmente relevante em motores com maior quilometragem ou que já apresentem sinais de desgaste.
Anticongelante: um aliado indispensável
O mesmo portal explica que o líquido anticongelante é responsável por manter a temperatura do motor dentro dos limites seguros, tanto no verão como no inverno. Se estiver degradado ou em quantidade insuficiente, pode provocar sobreaquecimento ou fissuras internas nos cilindros. O líquido deve ser substituído periodicamente, de acordo com as indicações do fabricante, e a operação pode ser realizada pelo próprio condutor.
Muitos automobilistas negligenciam este elemento, o que aumenta o risco de corrosão e falhas no sistema de refrigeração. Verificar o nível e o estado do anticongelante antes do inverno é uma das medidas mais eficazes para evitar reparações dispendiosas.
Quando o frio se reflete noutras peças do motor
Além dos líquidos, há outros componentes que reagem mal às temperaturas baixas. O alternador e a bateria, por exemplo, trabalham sob maior esforço, o que pode comprometer o arranque e a estabilidade do sistema elétrico. A publicação refere que percursos curtos agravam o problema, já que o motor não chega a atingir a temperatura ideal para regenerar a carga consumida.
Um aquecimento deficiente também se pode manifestar no habitáculo. O sistema de climatização aproveita o calor gerado pelo motor, pelo que, se o ar quente tardar em sair, isso pode indicar que o motor ainda não atingiu a temperatura de funcionamento.
Arrancar de imediato num dia frio pode parecer inofensivo, mas é precisamente o erro que mais compromete a integridade do motor. Segundo o Motor 24, o custo médio de reparação após uma avaria relacionada com o frio pode ultrapassar os 1.000 euros, dependendo da extensão dos danos. Uma simples verificação de anticongelante, um minuto de paciência antes de conduzir e a atenção à bateria são suficientes para evitar essa despesa.
Em épocas de frio intenso, cuidar do motor é, acima de tudo, uma questão de prevenção. E um gesto tão simples como esperar antes de arrancar pode ser a diferença entre um inverno tranquilo e uma reparação dispendiosa.