No nosso país, há muitas pessoas que conduzem. Muitos portugueses apresentam maus hábitos na condução. Cometem regularmente erros que podem afetar o rumo que se pretende ter nas viagens. Um desses erros frequentes consiste em conduzir em ponto morto.
Esta má conduta pode colocar em causa a segurança na condução. O risco de conduzir em ponto morto é elevado. Colocar o carro em ponto morto é uma estratégia que muitos condutores usam com frequência, seja para poupar gasolina, seja pela preguiça de estar constantemente com os pés nos pedais.
Este método criticável é usado com regularidade em descidas ou em engarrafamentos. No entanto, esse simples gesto pode colocá-lo em perigo na estrada, a si e à sua família.
Conduzir em ponto morto não poupa combustível
Muitas pessoas têm o hábito de conduzir em ponto morto com a ideia de que tal procedimento permite poupar combustível. Apesar de se tratar de um mito, muitos portugueses conduzem em ponto morto.
A verdade é que conduzir sem uma mudança engatada não se traduz numa poupança de combustível. Muitos acreditam nessa tese de que conduzir em ponto morto gasta menos gasolina, mas tal é falso.
Quem tem alguns conhecimentos de mecânica facilmente constata que uma condução em ponto morto não significa poupança em combustível devido à injeção eletrónica (que está presente na maioria dos carros).
Esta tese de que conduzir em ponto morto significa poupança em combustível não é recente. Antigamente, os carros não apresentavam controlo eletrónico de alimentação de combustível.
Nessa época, os veículos apresentavam carburadores simples. Portanto, neste caso, a condução em ponto morto até podia representar alguma poupança de combustível, o que não acontece nos veículos que atualmente circulam nas estradas portuguesas.
Quando se percebe como a injeção eletrónica funciona facilmente se desfaz este mito. É importante compreender que a principal função da injeção eletrónica consiste em garantir o controlo da quantidade de ar e de combustível usada pelo motor. As centralinas são os componentes responsáveis pela injeção do ar e do combustível certo.
Caso o automóvel apresente um mostrador de consumo em tempo real, poderá confirmar que o consumo de combustível será zero, caso se encontre a circular numa descida com uma mudança engrenada, sem acelerar.
Tal acontece devido ao sistema de injeção eletrónico que cortará a injeção do combustível no motor. Conduzir em ponto morto implicará a necessidade de combustível para o motor se manter em funcionamento. Logo, esse mau hábito até irá gastar mais combustível.
Por que é conduzir em ponto morto não é seguro?
A condução em ponto morto não se justifica com a tecnologia automóvel atual. Além disso, o hábito de conduzir em ponto morto representa riscos. Esta é uma má conduta que pode colocar o condutor em perigo (e todos os passageiros transportados). Existem várias razões que tornam essa conduta perigosa.
Conduzir em ponto morto implica que o carro apresente uma tendência para adquirir mais velocidade com a inércia. Quando o automóvel circula dessa forma, sem uma mudança engatada, existem grandes riscos.
Em certos tipos de estrada, a velocidade apresentada pelo carro implicará um perigo por o condutor ter menos tempo para reagir, se se deparar com algum obstáculo, como uma poça, um animal, entre outros cenários.
Uma condução feita desta forma pode implicar travagens menos controladas. É inseguro conduzir em ponto morto devido a esta característica. O automóvel irá apresentar-se mais solto nestas circunstâncias.
Numa descida, o carro fica como se estivesse “ao ralenti”, o que irá dificultar a travagem num contexto em que haverá um tempo de reação menor, se surgir algum obstáculo imprevisto no percurso.
Andar com uma mudança engatada é mais seguro. O condutor conseguirá adaptar-se melhor às exigências de circulação, mesmo perante obstáculos imprevistos.
Circular com o carro “desengatado” é um comportamento pouco seguro, porque promove um desgaste prematuro dos discos de travão. O hábito de conduzir em ponto morto desgasta certos componentes, nomeadamente o sistema de travagem.
Uma condução sem este hábito é mais segura. Quando há uma mudança engatada ou quando se trava com o motor impede-se que haja um sobreaquecimento dos travões. Esta má conduta do automobilista promove o sobreaquecimento dos travões.
Em suma…
Assim, conduzir em ponto morto é inseguro. Este comportamento terá implicações graves no funcionamento do automóvel. A insegurança não é só para o condutor, é também para os restantes ocupantes do carro, mas também para os outros utentes da via no momento em que se conduz o veículo.
Em determinadas circunstâncias, não é inseguro conduzir em ponto morto. Existem contextos em que a segurança não fica comprometida. Quando se está com o carro parado num semáforo, não há qualquer problema de segurança se estiver em ponto morto, sem nenhuma mudança engatada.
No entanto, se procura apenas poupar combustível com esse procedimento, revela-se mais eficiente recorrer ao sistema Start and Stop, que consiste numa tecnologia específica para essa função.
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