Este sábado, 21 de dezembro de 2024, marca o solstício de inverno no Hemisfério Norte. Às 9h21 (hora de Lisboa), dá-se o momento astronómico que assinala oficialmente o início do inverno, marcando o dia mais curto e a noite mais longa do ano. Este fenómeno acontece porque o eixo da Terra está inclinado a 23,4 graus em relação ao plano da sua órbita, o que faz com que, nesta altura, o Polo Norte esteja mais afastado do Sol. Este alinhamento resulta numa menor incidência de luz solar no Hemisfério Norte, tornando os dias mais curtos e as noites mais longas.
Por que razão o solstício de inverno é o dia mais curto do ano?
Durante o solstício de inverno, como este de 2024, o Sol atinge o seu ponto mais baixo no céu ao meio-dia, resultando no menor número de horas de luz do ano. É também por isso que, ao longo do dia, o Sol parece menos presente e as sombras se alongam. A partir deste momento, inicia-se uma mudança gradual: os dias começam a crescer, e as noites encurtam, um processo que culmina no solstício de verão, quando o Hemisfério Norte recebe a maior quantidade de luz solar.
O solstício de inverno ocorre sempre no mesmo dia?
Não necessariamente. O solstício de inverno geralmente ocorre entre 21 e 22 de dezembro, mas, devido à órbita elíptica da Terra e à forma como o calendário gregoriano divide o tempo, pode acontecer em datas mais raras, como 20 ou 23 de dezembro. O último solstício de 23 de dezembro foi em 1903, e o próximo está previsto para 2303. Já um solstício a 20 de dezembro é ainda mais raro, sendo esperado novamente apenas em 2080.
Porque se chama solstício?
A palavra “solstício” tem origem no latim solstitium, que significa “o Sol está parado”. Este nome reflete a perceção de que, durante alguns dias, o movimento aparente do Sol no céu parece pausar antes de mudar de direção. Na realidade, isto deve-se ao ângulo de inclinação da Terra, que atinge o seu ponto máximo nesta altura do ano.
Significados culturais e simbólicos do solstício
Para muitas culturas antigas, o solstício de inverno simbolizava um momento de renovação e esperança. Civilizações como os celtas, os romanos e os povos nórdicos celebravam este fenómeno com festivais que exaltavam o retorno da luz. O Yule, por exemplo, era um festival nórdico que comemorava o renascimento do Sol, enquanto na China se celebra o Dongzhi, um festival que marca a chegada da luz crescente e o fortalecimento das famílias.
O solstício no Hemisfério Sul
Enquanto no Hemisfério Norte este dia marca o início do inverno, no Hemisfério Sul é o solstício de verão, o dia mais longo do ano. É um lembrete de como a inclinação do eixo da Terra e a posição do planeta em relação ao Sol determinam as estações, de forma oposta nos dois hemisférios.
O solstício de inverno de 2024 é mais do que um fenómeno astronómico; é um marco no ciclo anual da natureza. Representa o ponto de transição entre a escuridão do inverno e a chegada gradual da luz, recordando-nos da força renovadora da natureza e do equilíbrio constante do cosmos.
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