O segurança filmado por uma câmara de videovigilância de uma discoteca de Albufeira, no Algarve, a bater num outro homem durante trinta segundos, perante a indiferença das pessoas que se encontravam no local, foi suspenso de funções pelo secretário de Estado adjunto e da Administração Interna, Antero Luís.
Numa nota emitida pela PSP, é referido que o MAI se decidiu pela suspensão do título profissional de segurança porteiro (genericamente, de segurança privado em espaços de diversão noturna), “ficando proibido de exercer essas funções até conclusão do inquérito criminal e do processo administrativo entretanto instaurados”. E dá-se também a suspensão parcial da continuação do exercício da atividade de vigilante (genericamente, de segurança de instalações, para a qual o segurança privado agressor também estava habilitado), “sem permissão de o fazer em locais de acesso público ou que incluam o contacto com o público”.
ATENÇÃO: as imagens são violentas – Câmaras de vigilância captam homem agredido por segurança até cair inanimado
Esta decisão administrativa manter-se-á até à sua revisão ou até conclusão do inquérito criminal e do processo administrativo em curso, refere a PSP.
A PSP, que tinha proposto a suspensão da atividade de segurança privada do agressor, desenvolveu uma operação de fiscalização administrativa extraordinária às empresas de segurança privada a operar no estabelecimento onde ocorreram as agressões. “Dessa fiscalização extraordinária foi recolhida e analisada toda a informação relevante para a ocorrência em questão, nomeadamente a necessária para determinar as relações jurídicas existentes entre a empresa de segurança privada e o estabelecimento de diversão noturna, bem como a identidade do agressor.”
O Ministério Público já abriu um inquérito ao episódio de violência no Algarve.
O espancamento só terminou com a entrada no local de uma equipa da GNR de intervenção rápida.
Os donos do clube noturno emitiram um comunicado em que garantem que o autor das agressões, que tem a “profissão de segurança”, não tem nem nunca teve qualquer relação de trabalho com a discoteca. “O agressor não trabalha, nem nunca trabalhou, para o Club Vida. Ele é segurança num dos bares da Rua da Oura e estava no Club Vida como cliente.”
A empresa revela ainda que a vítima das agressões é um funcionário de outro estabelecimento do grupo do Club Vida. “Estas informações já foram prestadas e comprovadas perante as autoridades judiciais. O Club Vida está a cooperar com a justiça e pretende repor a verdade dos factos”, conclui o comunicado.
Notícia exclusiva do parceiro do jornal Postal do Algarve: Expresso