Os EUA e a UE têm discutido as possibilidades para retirar o governo ucraniano de Kiev, embora Zelensky tenha manifestado a intenção de permanecer na capital do país, quando de forma contundente atirou: “Não preciso de boleia, preciso de munições”. No entanto, representantes norte-americanos e europeus estão a avaliar possíveis cenários, como uma mudança do executivo para Lviv ou até mesmo um exílio na Polónia, avança a CNN.
Lviv foi a primeira opção a ser estudada, por ser uma cidade junto à fronteira com a Polónia, o que a tornava uma alternativa viável, uma vez que a ofensiva russa não atacou (ainda) a zona ocidental da Ucrânia. Todavia, o avanço russo nas três frentes logrado nos últimos dias não permite garantir que Putin não terá a intenção de controlar todo o território ucraniano.
“Todos os sinais são de que Putin vai continuar”. Quem é o diz é um alto funcionário de um serviço de inteligência ocidental, em declarações à CNN.
Qualquer plano de retirada terá de ser elaborado e apresentado com especial cautela, até porque Volodymyr Zelensky rejeita qualquer conversa com o Ocidente sobre este tema.
Posto isto, uma outra possibilidade seria manter o presidente ucraniano na capital e enviar alguns ministros para outro local, onde poderiam assumir a governação do país no caso de Kiev ser tomada pelos russos e Zelensky acabar capturado.
Embora Zelensky rejeite falar em retirada, isso não quer dizer, contudo, que nada esteja a ser preparado pelas autoridades ucranianas para garantir a manutenção do governo.
Este domingo, Antony Blinken, chefe da diplomacia norte-americana, revelou que “os ucranianos têm planos para garantir que haja continuidade do governo de uma forma ou de outra”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL