A internacionalização do Projecto Molião vai ser alvo de apresentação pública numa sessão que terá lugar no próximo dia 6 de Dezembro em Lagos.
A iniciativa que une a autarquia local e a Uniarq, terá lugar pelas 17.30 horas no edifício dos Paços do Concelho, Século XXI, e conta com intervenções da autarca Maria Joaquina Matos, Ana Margarida Arruda e de Lourdes Roldán e Juan Blanquéz.
O Projecto arqueológico de Molião
Recorde-se que nesta importante estação arqueológica da cidade de Lagos os trabalhos desenvolvidos pela equipa de Ana Margarida Arruda desde 2006 (ano da assinatura do primeiro Protocolo de Cooperação assinado entre o Município e a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e com o seu Centro de Arqueologia, a UNIARQ) foram colocando progressivamente a descoberto as ruínas do mais antigo aglomerado urbano identificado em Lagos e desvendaram informações acerca do quotidiano das gentes que nele um dia se estabeleceram e acerca das relações comerciais que mantiveram com gentes de outras terras distantes.
As arquitecturas domésticas e os muito abundantes materiais arqueológicos recuperados durante os trabalhos de campo evidenciam a integração de Monte Molião nas grandes rotas comerciais da antiguidade e a interacção dos seus habitantes com outras comunidades humanas mediterrâneas. De acordo com Ana Margarida Arruda “estão já registadas 25 mil peças encontradas no Monte Molião e existem umas centenas de milhares de outras não registadas porque as referências não são totais”. Segundo esta responsável pela investigação que a UNIARQ tem vindo a efectuar sobre o sítio, com o suporte financeiro da Câmara de Lagos, “o importante é que estas iniciativas sirvam para produzir conhecimento e aqui temos três importantes vertentes: a investigação, a formação e o retorno das acções, em forma de conhecimento”.
A Câmara de Lagos está actualmente a preparar a ampliação do Museu Municipal, onde a secção de arqueologia do Monte Molião terá um lugar destacado.