A data histórica de 1 de novembro, dia da elevação de Ferragudo à categoria de vila, foi comemorada desta vez homenageando os seus poetas e autarcas, como forma de assinalar os 25 anos de vila.
O habitual hastear da bandeira contou com a presença do CNE Agrupamento 413 Marítimos de Ferragudo, bem como do executivo da Junta de Freguesia e do presidente e da vereadora da cultura da Câmara Municipal de Lagoa.
A sala da assembleia de freguesia de Ferragudo, foi protagonista de uma tarde bem passada onde “Tertuliando com os nossos Poetas” contou com nove dos doze poetas e prosadores convidados, dando um forte exemplo da cultura popular e do imaginário ferragudense.
Antes desta mostra do imaginário poético, Luís Alberto, presidente da Junta de Freguesia de Ferragudo, teceu algumas palavras relativamente à homenagem a poetas e prosadores da vila, presentes ou ausentes, bem como realçou “o facto de pela primeira vez serem homenageados os presidentes de junta e de assembleia de freguesia eleitos democraticamente após 1976”.
Luís Alberto destacou, ainda, que “o desenvolvimento da vila continua a necessitar de habitação em regime de renda controlada para as famílias que se aqui se queiram fixar, pois o projeto anterior de custos controlados serviu essencialmente para comercialização e especulação imobiliária não tendo servido Ferragudo”.
O autarca adiantou que “é bem-vindo mais estacionamento, a requalificação dos abrigos da comunidade piscatória, uma nova extensão do centro de saúde, bem como a tão adiada sede dos escuteiros de Ferragudo, projetos estes já orçamentados e que aguardam a sua implementação no terreno”.
A par da preservação do traço arquitetónico de Ferragudo “é necessário aumentar a mobilidade e sobretudo requalificar a baixa, iniciando-se pela adequação do canal de Ferragudo às necessidades atuais, requalificando e abrindo os “arquinhos” da antiga ponte de forma a prevenir danos que possam existir, quer pelas marés cheias, quer pelas intempéries, neste mundo das alterações climáticas”, adiantou o presidente Luís Alberto.
Por fim, defendeu ainda “a constituição de um núcleo de proteção civil na freguesia de forma a prevenir futuras calamidades, bem como ao nível patrimonial e cultural que a apropriação das comunidades dos meios culturais e artísticos é uma forma de garantir a importância e a defesa dos mesmos pelas por estas, pelo que importa criar um núcleo museológico e arqueológico na Vila virado para o historial económico e social do rio Arade, sendo possível potenciar este núcleo na ultima zona conserveira existente na vila”.
O presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Luís Encarnação, e o presidente da Assembleia Municipal, Aguas da Cruz, teceram de seguida “elogios à iniciativa, bem como ás necessidades enunciadas e dentro das responsabilidades de cada um, comprometeram-se a apoiar as mesmas”.
Após a tertúlia, seguiu-se a entrega de placas comemorativas aos seus participantes, aos ex-presidentes da Assembleia e Junta de Freguesia, aos funcionários e associações da freguesia, bem como foi prestada uma singela homenagem ao falecido autarca de junta de freguesia e de assembleia municipal, Carlos Alvo.
A tarde foi animada com música em tons de jazz, tendo a cerimónia finalizado com os parabéns e um bolo de aniversário, acompanhado de espumante algarvio.
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