O INEM confirmou esta quinta-feira que houve uma chamada não atendida pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) para assistência a um homem que acabou por morrer na segunda-feira em Vila Nova de Cacela, no Algarve.
“Há registo de uma tentativa de contacto com o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) às 11:03, não tendo a chamada sido imediatamente atendida e acabou por ser desligada na origem”, lê-se numa nota enviada à agência Lusa.
A posição do INEM surge após um pedido de esclarecimento da Lusa ao atraso na assistência a um homem de 77 anos, que foi encontrado caído na via pública, na segunda-feira, em Vila Nova de Cacela, no concelho de Vila Real de Santo António, no distrito de Faro.
Segundo contaram à Lusa os familiares do homem, os populares que encontraram a vítima terão, por mais de uma hora, tentado pedir ajuda através do número telefónico 112, sem que as chamadas tivessem sido atendidas, tendo os populares optado por contactar diretamente os bombeiros locais que alertaram o CODU.
No texto enviado à Lusa, o INEM confirmou que o CODU “teve conhecimento da situação às 11:19, através dos Bombeiros de Vila Real de Santo António, em resposta a um pedido recebido diretamente na sua central”.
“Dada a situação reportada ao CODU – vítima inconsciente – o INEM enviou no imediato, e adicionalmente para o local, uma Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV)”, refere.
De acordo com o instituto de emergência médica, “o CODU realizou ainda quatro tentativas de contacto com o local, mas sem sucesso, uma vez que as chamadas não foram atendidas”.
O INEM adianta que “às 11:33 foram realizadas manobras de reanimação pelas equipas e o utente foi transportado à unidade hospitalar” onde acabou por morrer.
“O INEM lamenta o desfecho que esta situação veio a conhecer e apresenta as suas condolências aos familiares e amigos da vítima”, conclui a nota.
O caso ocorreu na segunda-feira, dia em que os técnicos de emergência pré-hospitalar cumpriram um dia de greve às horas extra, com impacto no normal funcionamento da linha de emergência 112, como na altura reconheceu o INEM à agência Lusa.
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