Este ano, celebram-se os 100 anos de nascimento de António Ramos Rosa e Faro, a sua cidade natal, homenageia-o com um evento de comemoração da sua vida e obra. O evento que assinala o centenário realizar-se-á nos dias 16 e 17 de outubro, na Biblioteca Municipal de Faro António Ramos Rosa.
O programa contempla uma exposição de inéditos e originais do artista que permanecerá após o evento na biblioteca municipal e que tem a inauguração marcada para dia 16 de outubro pelas 17:30.
No dia 17, dia do seu nascimento, concentra-se no auditório da biblioteca, uma ordem de trabalhos que inclui uma mesa redonda de poetas, três mesas de trabalho sobre Ramos Rosa e uma atuação de poesia performativa.
As comemorações contarão com um leque de personalidades e pensadores influentes no cenário literário português nomeadamente Paula Cristina Costa, João Albuquerque, Jorge Vaz de Carvalho, Fernando Pinto do Amaral, Paulo Teixeira, Jorge Reis-Sá, Ana Marques Gastão, Luís Filipe Castro Mendes, José Ricardo Nunes, Luís Quintais, Luís Ricardo Duarte, Elisa Costa Pinto, Sara Martins e Cláudia Tomé Silva. A performance de poesia interpretativa estará a cargo dos atores Luís Lucas e Eurico Lopes.
O evento de comemoração do centenário tem a curadoria do professor, poeta e ensaísta, António Carlos Cortez, numa organização da Associação A Tal Emersa, com o apoio do Município de Faro.
António Ramos Rosa foi um dos mais importantes poetas portugueses do século XX
Nascido em Faro em 1924, António Ramos Rosa foi um dos mais importantes poetas portugueses do século XX. Desde cedo que Ramos Rosa se demonstrou como um não conformista. Era um crítico assumido da ditadura do Estado Novo e envolveu-se em atividades políticas, com a fundação da revista literária “Cadernos do Meio-Dia”.
Em 1958, publicou o seu primeiro livro, “O Grito Claro”, no entanto este foi apenas o início de uma vida de mais de 50 obras relevantes no panorama literário português. A sua obra caracteriza-se por uma profunda reflexão sobre a existência do ser numa procura contínua entre a sua relação íntima com o mundo.
Indissociável das artes visuais, António Ramos Rosa é visto como um artista do visual, com uma poesia gráfica que acompanha os seus esboços e desenhos.
O seu envolvimento literário, desenvolveu-se para lá da poesia, assumindo-se também no campo da crítica literária e tradução. O autor, morreu em 2013, deixando um legado marcante na poesia portuguesa.
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