O aquecimento global deixou de ser uma preocupação distante para se tornar uma realidade que já afeta o nosso cotidiano. Ondas de tempestade de calor mais intensas, mais frequentes e fenômenos climáticos extremos são sinais claros de que as mudanças climáticas estão a transformar o planeta. Mas o que é que essas mudanças significam para o futuro de nossas cidades? O aquecimento global refere-se ao aumento da temperatura média do planeta, causado principalmente pela acumulação de gases com efeito de estufa na atmosfera, como o dióxido de carbono (CO₂) e o metano. Estes gases formam uma espécie de “manta” que retém o calor, alterando o clima global e provocando impactos graves. Este fenómeno provoca o degelo, que leva ao aumento do nível médio da água do mar, que vem colocar estas 5 cidades algarvias entre as mais em risco de desaparecer.
Entre os efeitos na saúde, destaca-se o aumento de doenças alérgicas, infecciosas e cardiorrespiratórias. Além disso, com o aquecimento das temperaturas, doenças tropicais como dengue e malária poderão se espalhar para novas regiões, incluindo países onde antes não eram comuns. Portugal, com uma extensa costa atlântica, está entre os países mais vulneráveis à subida do nível do mar e aos impactos das tempestades costeiras. Estudos apontam para o risco de inundações e erosão em várias cidades e vilas costeiras do país.
Um relatório da revista científica Nature Communications alerta que milhões de pessoas em todo o mundo vivem em áreas costeiras que poderão ser submersas até 2050. Em Portugal, o nível do mar pode subir até 7 metros nas próximas décadas, colocando várias localidades em perigo. Ferramentas como os mapas interativos do Climate Central permitem visualizar como estas alterações podem afetar a costa portuguesa, com cenários que apontam para o desaparecimento de algumas zonas urbanas.
Embora pareçam olhares alarmistas, estas projeções baseiam-se em dados científicos. É uma realidade que exige respostas rápidas e eficazes e Portugal, em particular algumas cidades algarvias, enfrentam riscos significativos. A subida do nível do mar, combinada com cada vez mais intensas, poderá afetar não apenas a economia, mas também a qualidade de vida das populações.
Se nada for feito, o aquecimento global poderá levar ao desaparecimento de algumas das cidades mais emblemáticas de Portugal, nomeadamente do Algarve. As comunidades costeiras enfrentam desafios crescentes, e é responsabilidade de todos — governos, empresas e cidadãos — contribuir para a construção de um futuro sustentável. Segundo o NCultura, as cidades algarvias que serão as primeiras a desaparecer são Vila Real de Santo António, Faro, Olhão, Portimão e Lagos.
Para combater os efeitos do aquecimento global, é essencial adotar medidas que protejam as zonas costeiras. Em Portugal, a construção de barreiras marítimas, a renaturalização de áreas costeiras e a relocalização de populações em risco são algumas das soluções possíveis. Além disso, é fundamental reduzir as emissões de carbono e aumentar a eficiência energética a nível global. Estas ações são cruciais para combater as causas das alterações climáticas e evitar consequências ainda mais graves.
As nossas escolhas diárias, combinadas com políticas públicas específicas, podem fazer a diferença para proteger as cidades e vilas portuguesas mais vulneráveis. É essencial agir agora para garantir que essas áreas sejam preservadas para as próximas gerações.
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