O CDS-PP afirma, em comunicado, que estará presente na elevação de Almancil a cidade para “exigir as infraestruturas que faltam à cidade que por enquanto apenas terá o título”.
O Centro Democrático Social/Partido Popular de Loulé acompanhou com “alguma surpresa e preocupação a proposta de elevação da vila de Almancil a cidade”.
“Apesar do reconhecimento de que Almancil tem hoje, uma dinâmica económica e um crescimento visível, conhecida como a porta de entrada para o famoso Triângulo Dourado, sentimos que esta decisão ignora uma realidade e roça o oportunismo político tipicamente socialista”, afirma o CDS-PP.
“Como sempre prometem muito, mas falta sempre mais ainda. E neste caso falta mesmo muito para que Almancil tenha a estrutura e os serviços que uma cidade deve oferecer de forma consistente aos seus habitantes”, acrescenta.
“É verdade que tem um comércio local ativo e, sim, há um grande número de instituições bancárias, mas falta-nos um verdadeiro desenvolvimento urbano que suporte esta decisão”, destaca.
“Almancil não tem serviços de saúde com serviço permanente, nem transportes públicos suficientes, os parques e espaços públicos são escassos e o ensino secundário é uma miragem, nas escolas existentes proliferam contentores como se de cogumelos se tratassem para substituir a falta de salas para acolher a crescente procura”, lembra o CDS-PP de Loulé.
“Estamos perante o espelho da falta de planificação na área da Educação da autarquia, os serviços públicos e de administração central são inexistentes, corporação de bombeiros não existe, respostas sociais a infância insuficientes, muito falta fazer em prol dos Almancilenses”, pode ler-se no comunicado enviado por Isilda Guerreiro, presidente CPC Loulé CDS-PP.
“Um pavilhão Multi-usos recém-inaugurado que peca por falta de respostas, nomeadamente em infra-estruturas de piscinas públicas de forma a reduzir o excesso de procura direcionada para as piscinas de Quarteira e Loulé, um pavilhão que não dispõe de um espaço para espetáculos, um simples palco, equipamento de luzes e som não se afiguram necessários aos seus mentores, em suma, a nível de cultura, Almancil continua a ser o parente pobre, e tem neste campo uma fraca aposta na recém aspirante a cidade”, acrescenta a nota.
“Afinal o pavilhão que tantas expectativas criou não pode ser a justificação para tudo o que os Almancilenses aspiram e precisam de uma cidade”, refere.
“De uma vila com potencial passamos a uma cidade cheia de lacunas. A realidade diária não corresponde aos critérios de qualidade de vida que se esperam de uma cidade. Esta elevação para além de ser uma formalidade de cumprimentos de critérios não responde às necessidades reais da população”, considera Isilda Guerreiro.
“Antes de sermos uma cidade no papel, precisamos de ser uma cidade na prática, com infraestruturas, segurança, cultura e serviços que beneficiem a vida dos residentes e não apenas a imagem da região”, lembra.
“Antes de o sermos temos de o parecer e o CDS-PP de Loulé, estará firme na exigência de melhores condições para Almancil!”, conclui.
Leia também: O calendário do advento mais original está no Lidl e custa apenas 12€