Inaugurada a 6 de novembro de 1993, a Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes vai assinalar 31 anos de bons serviços prestados à comunidade portimonense com várias iniciativas, entre as quais a evocação do 500º aniversário do nascimento de Luís Vaz de Camões.
A programação arrancará logo no dia 5 de novembro, a partir das 18:00, com a sessão literária “Camões e a Liberdade”, que celebrará o imortal poeta e a poesia lusa com recurso a frases libertadoras dos autores da língua portuguesa.
“Destinada a jovens e adultos, a atividade será desenvolvida por Elsa Ligeiro, editora e mediadora de leitura há mais de 30 anos, criadora da editora de poesia A Mar Arte (1993-1998) e da Alma Azul, especializada na edição e produção de atividades literárias”, explica a autarquia portimonense.
No dia 6, data do seu 31º aniversário, a Biblioteca Municipal de Portimão agendou para as 18:00 a sessão “Os Lusíadas como nunca os ouviu”, ditos por António Fonseca, da Companhia Nacional de Espetáculos, a que se seguirá a partilha pelos presentes do bolo de anos.
“Os Lusíadas”, de Luís Vaz de Camões, conta a história da primeira viagem de Lisboa à Índia (ida e volta), feita há mais de 500 anos por, pelo menos, duas centenas de portugueses, comandados por Vasco da Gama.
Esta aventura empolgante, capaz de fazer rir e comover pelas suas ressonâncias ao longo dos séculos, foi reinventada por Camões, que reavivou alguns momentos mais significativos e dramáticos da História de Portugal.
António Fonseca é ator e encenador, tem diversas atuações na televisão e no cinema, e leciona atualmente na Escola Superior de Educação de Coimbra, no curso de Teatro e Educação, enquanto prossegue o trabalho em novelas, filmes e espetáculos de teatro.
Estão marcadas para os dias 7 e 8 de novembro sessões de “Os Lusíadas como nunca os ouviu”, especialmente dirigidas aos alunos do 9º ano dos estabelecimentos de ensino de Portimão.
Destaque no dia 7 de novembro para a continuação do ciclo de tertúlias mensais livres, pensadoras e destemidas “Mulheres Incómodas” e para a primeira sessão da Oficina de Memórias.
O tema da tertúlia, marcada para as 18:00, vai ser “Joana d’Arc e a Espada”, e estará a cargo de Anna Vignoli, membro da Archeosofica, associação italiana livre sem fins lucrativos e responsável por este ciclo, que decorre em outubro e novembro na Biblioteca.
Segundo Anna Vignoli, “é importante colocar questões sobre personagens que foram impulsionadores da história da humanidade, tendo como exemplo os seus pensamentos e atos que podemos definir como fora da caixa.”
O dia 7 de novembro também marca o início da Oficina de Memórias, que terá lugar às 14:30 no Centro de Convívio Sénior da Aldeia das Sobreiras, às 16:30 no Centro de Convívio Sénior de Portimão e às 19:30 na Biblioteca Municipal de Portimão.
Este clube de leitura para pessoas de idade maior, que decorrerá até maio de 2025, será construído com base numa dinâmica interativa entre ouvinte (leitor) e mediadora de leitura, tomando como ponto de partida as recordações literárias dos participantes.
Sónia Pereira, autora e dinamizadora do projeto, já colaborou com reconhecidas figuras da literatura e da cultura portugueses em recitais e tertúlias, sendo cofundadora do grupo de promoção e mediação interdisciplinares de leitura “Experiment’arte”.
Por fim, o dia 9 de novembro vai ser pautado pela apresentação do primeiro número da ZEUS – Revista de Cultura Viageira, codirigido por António Cabrita e João B. Ventura (16:00), e do livro “Emídio e Ermelinda”, de Sandro William Junqueira (18:00).
Com edição do Instituto de Cultura Ibero-Atlântica, a revista pretende, através da literatura, dos relatos de viagem e dos motivos da arte, celebrar “a reabilitação do Outro como aquele que não sobra de nós, mas antes nos acrescenta facetas que nos enriquecem, iluminando de maneira festiva o ‘inacabamento’ que somos”.
Quanto ao livro de Sandro William Junqueira, cuja apresentação ficará a cargo do editor Zeferino Coelho e do professor Carlos Café, fala “sobre a memória, sobre o engano, sobre viver e sobreviver, sobre os limites da ficção, e sobre contar uma mentira da melhor maneira possível, para que esta se torne a mais bela das verdades”.
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