A Câmara de Tavira aprovou o orçamento para 2017 com um valor de 36,5 milhões de euros, valor global que supera em cerca de dois milhões o orçamento consolidado de 2016, disse o presidente da autarquia, Jorge Botelho.
Citado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Tavira definiu “a coesão social, a dinamização económica, territorial e a promoção do município e, ainda, a reabilitação e intervenções em infra-estruturas” como as três principais prioridades, mas frisou que, em Fevereiro, será feita a “incorporação do saldo de gerência, elevando o orçamento para cerca de 40 milhões de euros”.
“Mas, para já, o que foi aprovado, foi um orçamento de 36,5 milhões de euros, cujas principais prioridades vão muito na linha conservadora do que fizemos no ano passado. A primeira prioridade é a coesão social, a segunda é a dinamização económica, territorial e a promoção do município e a terceira são as infra-estruturas que serão reabilitadas num conjunto de intervenções”, afirmou o autarca à Lusa.
Jorge Botelho precisou que, “na linha destas três prioridades, se distribui a repartição de verbas”, mas destacou que “as despesas com pessoal atingem cerca de 10 milhões de euros do total”, apesar de a Câmara ter “vindo a reduzir o número de funcionários municipais”.
“Em 2009, eram 530 funcionários e, neste momento, são 406, o que é muito significativo e faz também com que a massa salarial seja inferior”, disse o também presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL).
Jorge Botelho considerou que a “redução expressiva desde 2009 do passivo municipal, em cerca de 60%”, faz também com que “o valor de amortizações bancárias seja inferior” e “liberta verbas para investimento”, acrescentou.
O documento, aprovado por maioria simples tanto na Câmara como na Assembleia Municipal, prevê “um desagravamento de impostos”, referiu o presidente da Câmara, observando que não vai ser cobrada derrama pelo “quinto ano consecutivo”, o IMI “volta a baixar para 0,38, depois de no ano passado ter descido de 0,40 para 0,39”.
O edil disse à Lusa que a autarquia vai “dedicar cerca de 10 milhões de euros a investimento”, no reforço da rede viária e na construção de equipamentos escolares, e vai lançar concurso para nova ponte sobre o rio Gilão, obra orçada em cerca de 1,2 milhões de euros, que “deverá começar em Setembro”.
A requalificação do Cineteatro António Pinheiro é uma obra de cerca de 5 milhões de euros e “também será lançada este ano”, enquanto a área da promoção contará com uma verba de um milhão de euros, disse Jorge Botelho.
O apoio a associações e colectividades terá uma fatia de um milhão de euros e as obras de reabilitação da habitação social gerida pelo município contará com aproximadamente meio milhão, acrescentou o autarca.
“O ano passado, depois da incorporação do saldo de gestão, ficámos com um orçamento de cerca de 34 milhões (…) Quando for feita [em Fevereiro de 2017], o orçamento ultrapassará certamente os 40 milhões, mas para já temos um orçamento, antes da incorporação do saldo de gerência, de 36,5 milhões de euros, o que representa uma melhoria de dois milhões de euros relativamente ao orçamento consolidado do ano passado”, sintetizou à Lusa.