As medidas de contenção do novo coronavírus, das quais o confinamento obrigatório nos meses de março e abril foi a face mais dura, tiveram o condão de alterar profundamente os hábitos de consumo dos portugueses levando-os a substituir o canal de vendas físico pelo e-commerce e a privilegiarem meios de pagamento contactless.
Compras online e omnichannel
Se, no início deste ano, os consumidores utilizavam o canal online sobretudo para a compra de viagens, com a primeira declaração do Estado de Emergência em março último e o receio de contágio, a aposta dos portugueses passou a recair no universo do grande consumo. Para se ter uma noção mais exata do que acabamos de afirmar basta olhar para os números.
No final de 2019, as compras online de produtos de grande consumo oscilavam entre 1 e 2% do total das compras, mas desde meados de março a taxa de crescimento tem sido muito elevada e situa-se já nos 150-170% face aos mesmos meses do ano passado.
Esta “migração” para o digital que se verificou em quase todas as categorias do Retalho teve ainda um outro resultado. De acordo com um estudo do Observatório de Tendências do Grupo Ageas Portugal e da Eurogroup Consulting Portugal, 45% dos cidadãos alterou os seus hábitos de consumo durante a pandemia com 31% destes a afirmar que essa mudança veio para ficar, verificando-se uma especial incidência nas mulheres e nos mais jovens.
Como afloramos anteriormente, entre as principais alterações destaca-se o crescimento do e-commerce, com 57% dos inquiridos a indicar ter feito mais compras online desde o inicio da pandemia. Esta tendência é mais notória na faixa etária entre os 18 e os 24 anos com 70% a afirmar ter comprado mais online ao longo dos últimos seis meses.
Considerando um futuro próximo pós-pandémico, 66% considera realizar compras de forma mista (presencial e online) e apenas 16% pondera voltar às lojas físicas como fonte principal das suas compras.
Isto abre caminho a uma nova tendência de consumo: o omnichannel. Os consumidores procuram online o que não encontram offline e vice-versa, o que exacerba a necessidade de um retalhista apostar numa oferta que se reparta perlo canal online e pela loja física.
Pagamentos mais rápidos e seguros
Hábitos de consumo novos trouxeram consigo novos meios de pagamento. O crescimento exponencial dos pagamentos online e dos pagamentos contactless são a face visível de um novo perfil de consumidor que procura comodidade, rapidez e, sobretudo, segurança na altura de efetuar uma transação.
Isto é visível quando aterramos num estudo da Ipsos que nos diz que 62% dos inquiridos revelam a sua preferência por métodos de pagamento contactless (cartão, smartphone, wearables, etc.) para evitar a introdução do PIN e reduzir o contacto interpessoal. De igual modo, estes consumidores esperam que a oferta desta tecnologia de pagamentos em loja física seja mais abrangente.
Com os pagamentos contactless a representarem atualmente 34% do peso total da faturação dos negócios portugueses, surgem no mercado interessantes desenvolvimentos tecnológicos nesta área que estão a ajudar os comerciantes lusos a irem ao encontro das expectativas dos consumidores.
É esse o caso da REDUNIQ, marca especialista em meios de pagamento que acaba de lançar no mercado um inovador terminal de pagamentos automático Android com tecnologia contactless incorporada.
O REDUNIQ Smart, assim se chama este TPA contactless, permite aceitar pagamentos por cartão contactless, chip ou MB Way e, além disso, dá ao comerciante a oportunidade de integrar apps para a gestão do seu negócio no próprio terminal.
De igual modo, com o aumento das compras online e, subsequentemente, dos pagamentos e-commerce, muitos deles realizados através do smartphone, as lojas online são pressionadas a se adaptarem para corresponder às necessidades do “novo consumidor”.
O consumidor procura soluções de pagamentos online diferenciados, entre os quais se contam os pagamentos por referência multibanco ou através de carteira digitais e é aqui que entra novamente a REDUNIQ.
No caso específico do e-commerce e dos pagamentos online, esta marca criou o “Pagamento de serviços”.
Esta solução e-commerce permite a uma loja online emitir referências para o pagamento multibanco ou MB Way e pode ser integrado no site (integração simples no caso de ter a solução REDUNIQ E-Commerce). No caso de o comerciante vender online sem site, é-lhe colocado ao dispor a solução “Pagamento de Serviços” para aceitar pagamentos de faturas, utilizando uma entidade, referência e montante num documento em papel ou formato digital.
Já este ano, a marca tinha incorporado na sua solução REDUNIQ@Payments uma nova funcionalidade que permite receber pagamentos de vendas online por WhatsApp, além de e-mail e SMS com cartões Visa e Mastercard.
Sem necessidade de loja online ou de integração com um site, esta solução (sem mensalidade, custo de adesão ou receita mínima) apresenta-se como particularmente interessante para quem vende, por exemplo, nos marketplaces das redes sociais ou aceita encomendas à distância, nesta fase específica.
Fidelidade e consciência social
Numa época marcada pela incerteza, e aparte a opção pelo digital e os pagamentos, os consumidores voltam-se para comerciantes e produtos que lhes são mais “familiares” (logo mais confiáveis) e procuraram comprar com mais consciência social.
Uma parte substancial dos consumidores esforça-se agora por comprar marcas que demonstram ter consciência social e se pautem por uma ética comercial que passa, entre outras coisas, por pagar um salário justo aos seus trabalhadores, contribuir para a comunidade ou cuidar do meio ambiente.