As medidas impostas no contexto da pandemia para aceder aos bares e discotecas “têm pouco impacto” no Algarve, devido ao encerramento dos estabelecimentos na época baixa, disse esta segunda-feira o presidente da Associação de Discotecas do Sul e Algarve (ADSA).
“No Algarve está quase tudo fechado nesta altura do ano [época baixa do turismo], porque em situação normal da época já estariam fechadas. Portanto, o restabelecimento de algumas medidas para combater a pandemia [de covid-19] têm um impacto muito pequeno no setor”, disse à Lusa Liberto Mealha.
De acordo com o presidente da ADSA, a maioria dos espaços algarvios de animação noturna “decidiu também não abrir para as festividades de fim de ano”, até porque, ressalva, o cancelamento das festas de rua pelas autarquias “vai fazer com que a maioria das pessoas opte por fazer festas particulares em casa, com os amigos”.
De acordo com as novas medidas de contenção da pandemia de covid-19, o acesso a bares e discotecas e outros estabelecimentos de bebidas sem espetáculo e a estabelecimentos com espaço de dança está dependente da apresentação pelos clientes de “certificado de covid-19 da União Europeia (UE) nas modalidades de certificado de teste ou de recuperação”.
Desde o dia 1 de dezembro, data em que entraram em vigor as novas medidas, o acesso aos espaços está ainda dependente da apresentação de “outro comprovativo de realização laboratorial de teste com resultado negativo”.
No entender de Liberto Mealha, o facto de as pessoas terem de apresentar um teste negativo juntamente com o certificado digital de vacinas “para ir beber um copo”, a um bar ou a uma discoteca, tem um custo demasiado alto”.
“Não sei até que ponto é que as pessoas estão na disposição de sair para algum destes locais com mais este acrescento de despesa. O copo que vai beber fica muito caro”, apontou.
A entrada nos bares com espaço de dança e discotecas, que reabriram em 01 de outubro depois de encerrados cerca de 19 meses devido à pandemia, estava até agora condicionada à apresentação de um certificado digital, que podia ser de vacinação, recuperação ou de um teste negativo.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.537 pessoas e foram contabilizados 1.166.787 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).