Uma barra energética feita totalmente no concelho de Loulé e com produtos locais foi ontem, terça-feira, lançada pela equipa do “Projecto Querença” que pretende apostar também na exportação, disse à Lusa o coordenador do projecto João Ministro.
“Chama-se BEQ, Barra Energética de Querença e tem como ‘slogan’: energia natural do Algarve”, contou aquele responsável, sublinhando que a barra é livre de conservantes ou corantes e tem como principais ingredientes a amêndoa, o mel, o figo e a alfarroba e o sal marinho.
O “Projecto Querença” arrancou em 2011, adoptando o nome da freguesia onde decorre e procura combater o despovoamento do interior algarvio e ajudar jovens a criar novos produtos ou empresas e contribuir para a economia local.
“Temos a percepção que pode efectivamente ir lá para fora [estrangeiro]”, afirmou João Ministro, acrescentando que o crescimento que se tem registado a sentir nas actividades desportivas como o BTT e o atletismo fazem acreditar que existe uma oportunidade.
O produto vai agora ser apresentado em vários eventos desportivos e já está a receber encomendas nacionais mas também de empresas estrangeiras relacionadas com a área desportiva e em breve deverá estar à venda em estabelecimentos comerciais.
João Ministro contou que a Câmara de Loulé já manifestou interesse em ter a BEQ nos eventos que decorrem no concelho no âmbito da iniciativa “Loulé, Cidade Europeia do Desporto 2015”.
Barra começou a ser trabalhada em 2011
A BEQ começou a ser trabalhada em 2011 por elementos da primeira equipa do Projecto Querença em colaboração com o departamento de engenharia alimentar da Universidade do Algarve.
Em 2012 foram feitos os primeiros testes junto do público mas a fórmula ainda não estava concluída e foi Romilson de Brito, um dos elementos do segundo grupo do Projecto Querença que veio a terminar a fórmula.
As barras estão a ser produzidas com uma pastelaria louletana que tem colaborado com o Projecto Querença desde o primeiro momento.
Em curso estão ainda os estudos nutricional, de prateleira e de desenvolvimento da marca, e, segundo João Ministro, os próximos passos poderão passar pela concepção de novos produtos e a criação de uma empresa.
“Se isto acontecer, é um projecto que a médio prazo pode mexer muito com a comunidade local porque vamos precisar de alfarrobas e de amêndoas”, e responderá aos objectivos do Projecto Querença de criar oportunidades de trabalho e dar novo impulso à actividade agrícola do interior, observou João Ministro.
A BEQ foi apresentada oficialmente durante o evento “Fruteiras Tradicionais do Algarve – Tradição e Inovação” onde decorreu a entrega de prémios do concurso “Valores do Território” lançado por várias entidades algarvias com o intuito de premiar ideias que valorizem o pomar de sequeiro e os frutos secos.
A Barra Energética de Querença obteve o primeiro lugar neste concurso tendo por isso recebido um prémio monetário de 2.000 euros que João Ministro contou que vão ser investidos nos estudos que estão em curso.
(Agência Lusa)