A Portugal Ventures vai fechar o ano de 2020 com um investimento de 17,7 milhões de euros, perspetivando acolher mais 59 ‘startups’ no seu portefólio, foi hoje divulgado.
De acordo com a sociedade de capital de risco, que integra o grupo do Banco Portugues de Fomento (BPF), realizaram-se 12 projetos e investimento e estão em processo mais 47, através dos instrumentos de financiamento Call INNOV-ID, Call Fostering Innovation in Tourism e Operação Follow-ons.
“Com o lançamento da Call INNOV-ID, a Portugal Ventures cobriu uma falha de mercado ao adaptar a sua estratégia de investimento para integração de ‘startups’ em fase ‘pre-seed’ no seu portefólio, cuja tecnologia está já desenvolvida, mas que se encontram ainda em fase de protótipo, prova de conceito ou em validação de ‘product-market-fit'”, pode ler-se no comunicado hoje divulgado pela Portugal Ventures.
A pandemia fomentou ainda a “dinamização das ‘Calls'”, que “contou com um esforço conjunto das suas redes de parceiros de ignição e de parceiros de capital, para a identificação de projetos maduros, capazes de receber um investidor de capital de risco”
Foram também identificados “projetos que, pelo seu potencial de crescimento e capacidade em ultrapassar as adversidades da pandemia, necessitavam de obter reforço de capital para dar continuidade aos seus negócios”, de acordo com a sociedade de capital de risco.
Segundo a Portugal Ventures, “em menos de dois meses, foram recebidas mais de 150 candidaturas às iniciativas lançadas, mobilizando mais de 36 parceiros de ignição” oriundos de todo o país.
Os 12 novos investimentos que contaram com o apoio da Portugal Ventures foram as empresas Barkyn, EatTasty, Fülhaus, HiJiffy, Legal Vision, LiMM Therapeutics, Mindprober, Probely, Reatia, Redcatpig, Wide Ocean Retreat e Algarve Sun Boat, e “os 47 projetos que estão em processo de investimento serão detalhadamente divulgados após a formalização dos contratos de investimento”.
A Portugal Ventures realizou ainda “reforços de investimento no valor de 4,2 milhões de euros em 14 operações de ‘Follow-on'”, com destaque para participações em investimentos na Lovys, Nutrium e DefinedCrowd.
Já em termos de ‘exits’ (saídas: desinvestimento e venda das empresas do portefólio) foram realizados seis, “destacando-se a venda da B-Parts para o Groupe PSA, detentor de marcas como a Peugeot, Citroën e Opel, e da Fyde para a norte-americana Barracuda, empresa de soluções de cibersegurança na ‘cloud'”.
Rui Ferreira e Pedro de Mello Breyner, do Conselho de Administração da Portugal Ventures, salientaram que a sociedade “respondeu às necessidades do ecossistema através da concretização de medidas específicas que apoiassem projetos que, pelo seu potencial, não podiam ver goradas as expectativas de um futuro global”.
“Estes resultados, num ano tão atípico como o que vivemos, evidenciam por parte da Portugal Ventures uma postura atenta, pró-ativa e muito próxima de um ecossistema que necessita de estimular projetos que contribuam para a competitividade nacional, que tenham capacidade para escalar e tornarem-se globais e, acima de tudo, que imprimam impacto diferenciador no mercado mundial”, disseram os responsáveis, citados em comunicado.