O Governo publicou esta quinta-feira um despacho, assinado pelo ministro de Economia, Pedro Siza Vieira, autorizando a reabertura dos parques aquáticos situados nas zonas onde a pandemia de covid-19 está mais descontrolada, pondo fim à decisão tomada há pouco mais de um mês de mandar encerrar estes espaços de diversão caso estivessem num município de risco elevado ou muito elevado de contágio.
A situação pandémica tem vindo a agravar-se nos últimos tempos: Se na semana passada havia 60 concelhos que causavam especial preocupação, agora são 90, segundo dados avançados hoje pela ministra da Presidência.
E é precisamente nestas zonas do país que os parques estavam impedidos de abrir ao público e agora poderão voltar a funcionar, mas cumprindo as orientações da Direção-Geral da Saúde.
O parecer técnico emitido, há um ano, pela DGS sublinha que o tratamento da água das piscinas, bem como o uso de desinfetantes nos parques aquáticos “está bastante implementado e deve ser reforçado”, a fim de evitar a contaminação microbiana das águas pela afluência de utilizadores.
Os espaços de diversão têm já planos de contingência, reduziram a capacidade máxima diária de visitantes, delimitaram espaços para que as pessoas mantenham o distanciamento e reforçaram a higienização dos espaços.
A DGS recomenda também que se tente controlar os aglomerados de pessoas no acesso aos parques, nas filas ou junto às piscinas, assim como alerta para a necessidade de existirem dispensadores de solução à base de álcool e de se desativar os bebedouros.
Os procedimentos adequados desses locais aquáticos no que respeita a desinfeção da água (com cloro ou bromo) “são eficazes e suficientes para inativar o vírus” e “o cloro é considerado um excelente desinfetante de água em piscinas”, lê-se no parecer divulgado há um ano.
Após analisar os critérios e procedimentos necessários para a reabertura destes equipamentos e “tendo em conta o risco de transmissão inerente ao seu funcionamento” e às atividades que são disponibilizadas aos utilizadores, o ministro da Economia conclui que, “no atual contexto, é possível a reabertura dos parques aquáticos”, lê-se no despacho.
O despacho entra em vigor no dia seguinte à data da sua publicação, ou seja, já na sexta-feira.
Em Portugal há cerca de uma dezena e meia de parques aquáticos.