O NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve, manifestou, esta terça-feira, a sua discordância com a intenção de fundo da contemplação no Orçamento de Estado de um novo imposto sobre o património imobiliário, e a sua perplexidade pela forma como tem sido anunciada.
Através de um comunicado de imprensa enviado às redacções, onde começa por referir que “a dúvida e a confusão estão lançadas”, o NERA apela ao Governo para a reconsideração da intenção revelada.
“Desconhece-se o âmbito dos sectores, os mecanismos aplicados e os valores em causa, mas uma coisa é certa: o Governo já confirmou que o próximo Orçamento de Estado irá contemplar um novo imposto sobre o património imobiliário”, diz o NERA.
A associação empresarial lembra que “foi anunciado pelos partidos apoiantes e confirmado pelo Governo, mas nada foi apresentado, nem concretizado, o que permite todas as hipóteses, gerando perplexidade e dúvidas, e sobretudo muita incerteza”.
Uma situação que, segundo a associação, “pode ter consequência imediata nas intenções de investimento e desinvestimento”.
“A região do Algarve, onde existe um vasto mercado imobiliário, cuja tributação em IMI já é elevada, pode ser fortemente afectada por mais medidas que possam gerar insegurança nos investidores nacionais e em particular nos investidores estrangeiros, que actuam de formas diferentes, entre as quais os Vistos Gold. Portugal e o Algarve, em particular, não se podem dar ao luxo de perder investimento estrangeiro e de afugentar quem cá já investiu”, alerta o NERA.