A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, o Secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel, e a Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, estiveram em Faro, onde aproveitaram para conhecer algumas empresas da área tecnológica.
Para além da visita de apresentação a duas empresas – a Visualforma, Soluções Tecnológicas, e a Omnibees, de software de gestão hoteleira – à equipa do Ministério foi ainda apresentado o Algarve Tech Hub – um projeto de Pólo Tecnológico que está a nascer apoiado pelo CRESC ALGARVE 2020, e que envolve empresas, a Universidade do Algarve, Municípios e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve
A Ministra da Coesão Territorial mostrou-se muito «impressionada» por as empresas já estarem a trabalhar em associação. «A concorrência entre as empresas é importante, mas a cooperação também o é», disse Ana Abrunhosa.
No Algarve Tech Hub, «os edifícios onde vão ficar instalados ainda não estão prontos, mas já estão a trabalhar, já sabem o que vão fazer, já sabem como vão desenvolver o vosso trabalho. Já têm o conceito e o objetivo. E é muito importante ver isso».
O grande desenvolvimento das Tecnologias de Informação no Algarve tem revelado uma necessidade premente, a de mais recursos humanos, e a Ministra ouviu pedidos para que sejam agilizados os procedimentos de entrada no país de pessoas com outras nacionalidades.
«O Governo tem estado muito atento a esta situação, já criou o Tech Visa com esta finalidade, mas referem-nos que o procedimento ainda é demasiado burocrático. É uma situação que vamos ter em atenção, não esquecendo também que temos capacidade para formar os nossos próprios quadros qualificados».
Falta habitação a preços acessíveis
Ana Abrunhosa ouviu ainda queixas de que o Algarve tem outro problema para resolver: a falta de habitação a preços acessíveis, agravada pela grande concorrência do turismo.
«Aqui, as autarquias têm um papel muito importante. Há um conjunto de instrumentos e apoios para a regeneração urbana vocacionada para habitação, em que privados e autarquias podem aceder a financiamento para colocar habitação no mercado de arrendamento.
Tem de haver mobilização entre autarquias e privados. E, porque não, da própria Universidade», respondeu. Para a governante, a regeneração urbana destinada a colocar mais casas no mercado é uma questão vital.
Nota «muito, muito positiva»
Sobre o futuro Pólo Tecnológico, a Ministra da Coesão afirmou que o mais difícil já está feito. «As empresas já se associaram, as entidades públicas já se associaram, já criaram a entidade gestora do Parque Tecnológico, e ele ainda não existe fisicamente.
Existe o mais difícil, a conjugação das vontades e a associação das empresas, o que nem sempre é fácil. Mas o mais difícil – que é o próprio conceito, muito importante porque acaba por ser a plataforma que dá a conhecer a marca ao mundo e ao país – já está a andar e vale a pena conhecer porque o Algarve é muito mais do que turismo».