O Grupo Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido consolidado de 72,5 milhões de euros, mais 114,6% face ao período homólogo. Para este resultado, o negócio bancário contribuiu com 65,3 milhões de euros, um lucro que também duplicou face aos três meses de 2020, o aumento foi de 122,9%.
As imparidades e provisões ascenderam a 6,7 milhões de euros o que refletiu uma redução de 20,7 milhões face ao primeiro trimestre de 2020.
Ainda assim, o grupo liderado por Licínio Pina alerta em comunicado que “2021 encerra níveis de incerteza ainda elevados que se poderão vir a reflectir ao nível do incremento de imparidades da carteira de crédito”.
Por isso e neste contexto de pandemia, “os próximos resultados trimestrais poderão sofrer alterações materiais decorrentes das actividades de acompanhamento regular da carteira de crédito, em particular, dos sectores mais afectados pela crise e com maior peso de contratos de crédito em situação de moratória”.
O crédito a clientes cresceu 1,5% totalizando os 11 mil milhões de euros. Já os recursos subiram 3,1% para 17,5 mil milhões de euros.
Face à qualidade da carteira de crédito do grupo “o rácio bruto de malparado (NPL) situava-se em 7,8%, “registando uma evolução favorável face aos 8,1% verificados no final de 2020”.
Os custos no período em análise caíram para 89,2 milhões de euros, um decréscimo de 3,8 milhões de euros face a 2020, ou seja menos 4,25%. Segundo o grupo “a redução dos custos de estrutura e o aumento do produto bancário determinaram uma melhoria de 5,6% no rácio de eficiência que, com referência a março de 2021”, o qual se situou em 48,2%.
A margem financeira cresceu 9,4% num período em que segundo o grupo as comissões liquidas decresceram 8,2% e os resultados em operações financeiras também registaram um decréscimo de 7,7%.
O nível de solvabilidade “é confortável”. “Os rácios common equity tier 1 (CET1) e de Fundos Próprios Totais, situam-se, ambos em 18,3%.
A rentabilidade dos capitais próprios (ROE) do grupo em março situou-se nos 14,8% (permite medir a capacidade de retorno ao acionista) “espelha os resultados conseguidos nas diferentes componentes do Grupo (Caixas Agrícolas, Caixa Central, companhias de seguros vida e não vida e gestão de activos e fundos de investimento), sendo de assinalar os contributos positivos de 2,3 milhões de euros da CA Vida e de 1,5 milhões de euros da CA Seguros”, refere o grupo em comunicado.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso