Atualmente, encontrámo-nos no auge de uma crise energética global, visto que o aumento da procura mundial e os constantes problemas de distribuição (graças em grande parte à acumulação de “stocks” na China e à reticências da Rússia em fornecer gás ao continente) causaram um aumento recorde nos preços tanto europeus como asiáticos.
Condições meteorológicas extremas em toda a Europa e no Nordeste da Ásia estão também a ter impacto na distribuição, deixando as famílias em várias partes do mundo confrontadas com súbitos aumentos nos preços de energia.
Este é também um desafio para os investidores, que têm de decidir se devem ou não aplicar o seu dinheiro em ações de energia. Será este um investimento demasiado arriscado ou de alto valor neste momento?
Razões para investir no mercado da energia
É claro que nenhum mercado de investimento pode ser considerado livre de riscos, embora existam várias razões de interesse geral que justifiquem o investimento no mercado de energia.
Por exemplo, a enorme dimensão do mercado cria imensas oportunidades, com o sector global avaliado em cerca de 7 triliões de dólares. No total, a entrega de formas utilizáveis de energia à população mundial representa cerca de 10% do PIB anual mundial, e esta percentagem deverá aumentar ao longo do tempo.
Da mesma forma, nove das 10 maiores empresas do mundo operam no sector da energia, criando uma oportunidade única para os investidores de capital ou para aqueles que gostam de se dedicar às ações CFD.
Apesar dos recentes eventos turbulentos, o crescimento futuro do mercado da energia também continua em alta. De acordo com especialistas até 2035, a procura global de energia irá crescer mais de 30%, com as economias em desenvolvimento incluindo a China, Índia e o Médio Oriente liderando este crescimento.
Isto leva-nos ao mercado das energias renováveis, que de momento ostenta uma base relativamente pequena, continua a crescer a um ritmo consideravelmente mais rápido do que os combustíveis fósseis.
Aliás, hoje em dia, os EUA produzem mais eletricidade a partir de recursos renováveis do que o carvão, que já foi a principal fonte de eletricidade a nível nacional.
As melhores ações a ter em mente
Curiosamente, os “stocks” de energia têm tido um bom desempenho nos últimos 18 meses, embora as subidas de valor médio continuem a ser muito inferiores ao que eram antes da pandemia.
Porém, neste momento “smart money” (dinheiro inteligente) está a ser injetado em investimentos em energias renováveis, dado que estas entidades continuam a beneficiar do aumento da procura à medida que os países de todo o mundo mudam para fontes de energia como a solar e o vento.
Certamente, muitas das ações com melhor desempenho são ativas no sector da energia sustentável, com ações como a Atlantica a oferecer um caso relevante. Esta é uma empresa de infraestruturas sustentáveis que possui e gere vários tipos de energia renovável, tornando-a um ativo diversificado e de alto valor no mercado atual.
Acima mencionamos ações CFD, mas outra forma de investir em energia eólica e solar é focar em e selecionar fundos mútuos.
Muitas vezes referidos como “fundos ESG”, estes ativos são essencialmente cestos de ações, o que lhe permite diversificar instantaneamente a sua carteira enquanto minimiza o risco e a exposição no lucrativo mercado das energias renováveis.