Há mais casas arrendadas (22,3%) do que havia há dez anos. (19,9%). Este aumento, de 16% em número de alojamentos arrendados acompanha uma diminuição do número de proprietários a viverem nas suas casas. São agora 70%, enquanto que em 2011 o valor era de 73,2%.
De acordo com os Resultados Provisórios dos Censos 2021, publicado na manhã desta quinta-feira, a Área Metropolitana de Lisboa destaca-se por ser o território onde o regime de arrendamento tem maior expressão, com 29,2% dos alojamentos ocupados por arrendatários. Segue-se o Algarve com 23% de alojamentos familiares arrendados e o Norte com 22,2%.
Das famílias que arrendam casa, 40,4% paga uma renda que vai dos 650 euros aos 999,99 euros. Há ainda uma fatia de um quinto da população (21%) a pagar mais de mil euros pela renda de casa.
As rendas mais baixas, onde os arrendatários pagam menos de 100 euros mensais, têm um peso 12,5%.
CASAS AUMENTARAM, MAS NUM RITMO MUITO INFERIOR ÀS DÉCADAS ANTERIORES
Quanto ao número de edifícios destinados à habitação, os resultados provisórios dos Censos 2021 indicam serem agora de 3 573.416 edifícios (aumento de 0,8%) e de 5.981.485 alojamentos (aumento de 1,7%).
Estes valores aumentam face a 2011, mas muito menos do que o verificado nas últimas décadas. Por exemplo, entre 2001 e 2011, estes aumentos situavam-se na ordem dos 12% para edifícios e os 16% para alojamentos.
Censos 2021: 25% das casas têm uma só pessoa lá dentro (e é na região de Lisboa que mais se vive sozinho)
Os municípios de Madalena (Açores), de Vizela, de Campo Maior e de Lousada foram os que registaram maior crescimento no número de alojamentos.
Em contrapartida, Tarouca, Penela e Coruche foram os municípios onde se verificaram os decréscimos mais significativos, com o número de alojamentos a variar entre os -10,0% e -4,6%.
Os edifícios com apenas um alojamento representam a grande maioria (86,7%) do parque habitacional português.
Já os edifícios que contém dois a quatro alojamentos representam 7,5%, enquanto os edifícios de maior dimensão, com 10 ou mais alojamentos, correspondem apenas a 2,3% dos edifícios para fins habitacionais.
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL