A Sonae MC vai comercializar mais de 900 toneladas de dourada do Algarve nas lojas Continente, em parceria com uma empresa nacional de aquacultura, reforçando assim a sua proposta de valor de peixe fresco nacional.
Com um investimento total previsto de 25 milhões de euros até 2022, este projeto de produção localizado em mar aberto, perto da Ilha da Armona, em Olhão, destina-se, principalmente, ao abastecimento das lojas da Sonae MC. As primeiras pescas já começaram a chegar às lojas Continente.
Através deste projeto, a Sonae MC pretende reforçar “a aposta na produção nacional, no apoio às comunidades locais algarvias e na melhoria do abastecimento de pescado das lojas, não só ao nível da frescura e redução do tempo de entrega, como através de uma proposta de valor muito competitiva, promovendo uma produção e consumo sustentáveis de pescado português”, conforme explica o grupo em comunicado de imprensa.
Segundo Nuno Vital, Diretor Comercial de Peixaria da Sonae MC, “temos como objetivo aumentar as vendas totais de pescado nacional em mais de 20% no primeiro ano do projeto, atingindo uma participação superior a 40% do total das vendas de pescado fresco. Este projeto vai permitir ainda duplicar a oferta atual de dourada portuguesa em todo o mercado, a espécie mais apreciada em Portugal. Alargando, nos próximos anos, para outras espécies, como o robalo, o pargo e o sargo”.
Portugal está entre os países em que o consumo de peixe é mais relevante – cada português consome, em média, 57kg de pescado por ano – mas o mercado nacional, apresenta neste momento uma baixa autossuficiência (~33%) para as atuais necessidades de consumo. As vendas de aquacultura têm um peso cada vez maior em peixe e marisco fresco, com destaque para o salmão, dourada e robalo, sendo que 93% das compras de aquacultura são importadas.
A aquacultura é uma alternativa sustentável para as necessidades humanas ao garantir a estabilização de sobre-exploração de stocks selvagens e um maior controlo sobre a qualidade do peixe produzido. Garante também um menor impacto ambiental quando comparado com outros setores de produção animal e uma melhoria constante nos processos de produção e eficiência de recursos.