A associação empresarial ACRAL, na voz do seu presidente Victor Guerreiro, congratula-se com o resultado da votação que determinou o chumbo do pedido de licença de obras do projecto IKEA apresentado à Câmara de Faro.
A votação contou com a oposição dos vereadores do PS e do PCP ao pedido de licença de obras, o que, refere Victor Guerreiro, “representa uma vitória dos farenses e dos algarvios no processo de oposição ao mega conjunto comercial que a multinacional IKEA quer instalar às portas de Faro e Loulé”.
O presidente da ACRAL sublinha que a votação que ditou a recusa da licença de obras por parte da Câmara de Faro ao projecto IKEA já se adivinhava, com o pedido dos vereadores do PS e CDU para a retirada de votação do mesmo pedido de licença da ordem de trabalhos da reunião de Câmara de 4 de Dezembro.
Para Victor Guerreiro as dúvidas assinaladas pelos vereadores do PS e PCP na Câmara de Faro sobre os impactos ambientais e socioeconómicos do projecto IKEA, “fazem todo o sentido perante uma Declaração de Impacte Ambiental que na óptica da ACRAL está longe de assegurar às populações a protecção dos interesses ambientais”.
“Trata-se de um projecto sem paralelo no Algarve, com 220 lojas em dois centros comerciais, além de uma loja IKEA e de mais duas lojas tipo megastore, que o IKEA pretende fazer crer que terão reduzidos impactos socioeconómicos, o que não é um facto comprovado ou credível, antes pelo contrário”, refere Victor Guerreiro.
Presidente da ACRAL critica vereadores de Loulé
O dirigente da ACRAL sublinha ainda que “as cautelas dos vereadores do PS e PCP à Câmara de Faro, sobre a possibilidade de as acções judiciais que correm nos tribunais administrativos relacionadas com o projecto IKEA poderem determinar, a singrarem, responsabilidades para a autarquia, deveriam ter pautado também a votação dos vereadores da Câmara de Loulé que aprovaram o pedido de licenciamento de obra para o projecto IKEA naquele concelho”.
“Os vereadores do PCP e PS em Faro demonstraram um bom senso e uma atenção para futuros problemas resultantes do projecto IKEA que os vereadores de Loulé deveriam ter tido aquando da votação naquele concelho, a bem de evitar prejuízos potenciais graves para a autarquia de Loulé e para os louletanos”, conclui.