A decisão do governo britânico, de retirar Portugal da lista verde dos países considerados seguros, apanhou a região de surpresa. Autarcas pedem que se mantenham os apoios aos empresários algarvios que se prepararam para receber turistas ingleses e que por isso ficaram agora numa situação ainda mais difícil.
A Comunidade Intermunicipal do Algarve, em representação dos 16 presidentes de câmara da região, condena a opção do Reino Unido. No entender da AMAL, “ela contraria o esforço que está a ser feito pelos países europeus para permitir a circulação de pessoas e contribuir para a recuperação económica”.
Para além disso, e não compreendendo os argumentos invocados, a AMAL sublinha que “a decisão acaba por ser uma dupla condenação: por um lado, surge pouco depois de ter sido criada uma expectativa positiva, que animou o Algarve; por outro, tem um impacto negativo enorme numa região que, estando tão dependente do turismo, já foi das mais castigadas desde o início da pandemia”.
Desde que o governo britânico anunciou que Portugal deixaria de estar na lista de países seguros para viajar, muitos ingleses cancelaram as suas férias no Algarve. Uma situação que está, naturalmente, a preocupar AMAL, que sublinha que “muitos empresários da região, contando com um aumento de clientes estrangeiros, contrataram mais pessoal”.
Por essa razão, os autarcas apelam “ao governo que mantenha os apoios aos empresários algarvios como forma de minimizar o impacto de eventuais compromissos assumidos, bem como do adiamento do processo de retoma da economia regional”.
A AMAL lamenta profundamente que “o Algarve deixe de ser opção para muitos estrangeiros, mas espera que a decisão do Reino Unido não contamine a perceção que outros países, garantindo que a região está preparada para receber turistas em segurança e acompanha com muito cuidado a evolução da pandemia”.