Por onde, pergunta-nos. Nós respondemos de seguida com 7 úteis dicas de poupança que irão ajudá-lo a controlar melhor seus recursos financeiros e, consequentemente, dar um novo folego ao seu orçamento.
7 Dicas de poupança
1. Faça orçamentos mensais
Não lhe vamos pedir que faça um orçamento ao nível do Ministério das Finanças, mas se começar a controlar o dinheiro que tem e aquele que pode gastar por mês, é certo que terá uma visão muito mais clara dos gastos que estão a drenar os seus recursos financeiros.
Se ao orçamento mensal juntar objetivos de poupança diários ou semanais, a sua carteira vai acabar por engordar.
2. Não faça compras supérfluas e aproveite as promoções
Não se deixe levar pela publicidade, pois o seu objetivo é apenas o de lhe inculcar uma ideia de necessidade que, realmente, não tem. Compre “com a cabeça”, isto é, seja pragmático/a e deixe de lado as compras supérfluas.
Antes de ir às compras, compare os preços para um mesmo produto em diferentes estabelecimentos e esteja atento às promoções e descontos.
3. Junte os seus créditos num só
Ao ato de juntar todos os seus créditos num só e passar a pagar uma só mensalidade com uma taxa de juro e prazos fixos chama-se consolidação de créditos.
Apesar de ainda não ter a visibilidade de outros instrumentos de poupança, o crédito consolidado apresenta-se como uma das melhores formas de baixar a sua taxa de esforço (Encargos financeiros / Rendimento Líquido Total do Agregado x 100) para uma percentagem mais saudável (de preferência abaixo dos 40%), permitir-lhe ter mais dinheiro no final do mês e, acima de tudo, não correr o risco de incumprimento junto das instituições onde contraiu os seus créditos pessoais e ir parar à lista negra do Banco de Portugal.
Exemplo prático:
Por exemplo, o rendimento líquido total da família Pereira é de 3400 euros, mas já somam 65 mil euros em dívida decorrente de créditos contraídos com prestações mensais no valor total de 2000 euros.
Calculada a taxa de esforço (Encargos financeiros / Rendimento Líquido Total do Agregado) x 100), chegamos a uma percentagem de 58,8%.
A urgência em baixar a taxa de esforço, leva os Pereira a pedirem um crédito consolidado. Entre as várias soluções existentes no mercado português, esta família opta por entregar a redução da sua taxa de esforço ao crédito consolidado Unibanco.
Se, tal como esta família, a pesquisa que efetuar for realizada na Internet, vai encontrar na página online do Unibanco um simulador de crédito consolidado que lhe permitirá ficar a saber que mensalidade e taxas terá de pagar para valores de financiamento entre 5 e 75 mil euros em função de prazos de pagamento que vão dos 24 aos 84 meses.
Como os Pereira pretendem pedir 70 mil euros a serem pagos em 84 meses, o simulador informa-os de que, com esses valores e prazos, vão passar a ter uma mensalidade fixa mensal de 1214,82 euros. Isto significa que, além de ficarem com uma prestação mensal fixa mais baixa, a sua taxa de esforço desceu para uns saudáveis (segundo as regras do Banco de Portugal) 35,73% e ainda vão poder contar com 5 mil euros extra para qualquer gasto ou imprevisto que surja.
A simulação apresentada diz respeito a um financiamento de €70.000 a pagar em 84 mensalidades de €1214,82. TAN 11,000% e TAEG 13,0%. MTIC €103.893,70.
4. Pondere transferir os seguros do seu crédito habitação
Segundo a Lei portuguesa, o tomador do seguro não precisa do consentimento do Banco (o credor) para celebrar um novo contrato de seguro crédito habitação, por isso comece a ponderar transferir os seguros associados ao seu crédito habitação.
Antes de 2012 não era possível adquirir soluções dos seguros obrigatórios fora das instituições financeiras, mas isso mudou. Desta forma, poderá valer a pena rever as condições e custos que tem atualmente e mudar o seguro para outra entidade e assim reduzir custos durante a pandemia.
Ainda que seja regra os bancos concederem uma bonificação no spread a quem contrate seguros (multirriscos, incêndio, etc.) nos seus balcões, a verdade é que muitas vezes pode compensar perder essa bonificação e contratar estes produtos noutras seguradoras, mesmo que que se dê um eventual aumento do spread por o fazer.
Faça simulações e decida. Não raras vezes, a mudança de seguro acaba por sair mais barata para o tomador do seguro.
5. Renegoceie os seus contratos de telecomunicações
As subscrições de serviços de televisão, telemóvel e Internet são um canal aberto para a drenagem dos seus recursos financeiros.
Compare quanto está a pagar por cada um destes serviços no simulador que o site da ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações) disponibiliza e, caso encontre tarifários mais amigos da sua carteira, não hesite em mudar.
6. Feche a torneira ao desperdício energético
Se fechar a torneira ao desperdício energético não será apenas o planeta a respira melhor, o seu orçamento mensal também.
Tome duches rápidos e coloque, quando verificável, as suas máquinas de lavar roupa e loiça a funcionarem em modo económico.
No caso da eletricidade, as recomendações já são bem nossas conhecidas, mas não faz mal recordar: apague as luzes das divisões que estão vazias, não deixe os aparelhos ligados à tomada durante a noite (modo ‘stand-by’ consome energia) ou após o carregamento completo de baterias.
Se o seu contrato de eletricidade contempla uma tarifa bi ou tri-horária, adeque a utilização de eletrodomésticos de grande consumo como as máquinas de lavar roupa para o horário de vazio (quando se paga menos).
Para perceber se está a apagar demais por um serviço de eletricidade ou gás, consulte o simulador de preços de energia da ERSE para comparar os preços da eletricidade e do gás natural nos fornecedores presentes no mercado português.
Ao site da ERSE, e caso cumpra com os requisitos, pondere pedir a Tarifa Social implementada pelo governo português de modo a garantir o fornecimento de eletricidade e gás natural a todos os consumidores a preços mais em conta.
A título de curiosidade, o desconto dado pela Tarifa Social pode ir até 33,8% na fatura de eletricidade e 31,2% na de gás natural.
7. Reduza a taxa de juro do seu cartão de crédito
O cartão de crédito pode ser um excelente auxiliar na hora de uma compra de baixo valor ou mais urgente, mas se perdermos o controlo dos gastos pode, facilmente, virar-se contra as nossas poupanças.
Se o controlo dos gastos com o cartão faz parte da mais elementar literacia financeira, o que poucos consumidores sabem é que possível reduzir ainda mais os gastos com o cartão. Como? Reduzindo as taxas de juro.
Procure comparar a taxa que está a pagar com a praticada por outras instituições financeiras e, caso seja mais elevada, compare todos os custos associados e pondere em mudar.