O anunciado candidato à presidência da AHETA, Helder Martins, não está inscrito na associação, tendo só agora solicitado a sua inscrição liderada pelo atual presidente demissionário e seu concorrente às proximas eleiçoes de 7 de janeiro, apurou o Postal do Algarve.
Em carta dirigida a Elidérico Viegas, o ex-presidente da RTA pediu uma reunião da direção em funções de gestão para decidir sobre a sua adesão à AHETA, a realizar na próxima terça-feira, dia 23 do mês em curso.
Um elemento da associação consultada pelo POSTAL duvida da competência estatutária da atual direção demissionária e do seu presidente para decidir sobre assuntos desta natureza em cima de um ato eleitoral.
“Se assim fosse e a não haver mecanismos de blindagem nos regulamentos eleitorais e nos estatutos da AHETA para evitar casos de inscritos de última hora, seria permitir uma eventual viciação das eleições, abrindo as portas a soluções pouco democráticas”, sublinhou.
Contactado pelo nosso jornal, o presidente em exercício, Elidérico Viegas, recusou-se a tecer quaisquer considerações sobre o assunto.
Nota da Direção do Postal
O candidato à presidência da AHETA, Helder Martins solicitou que fizéssemos uma precisão à notícia por nós publicada, sobre as eleições para aquela associação.
Afinal a imprecisão consistia apenas no facto de não ter partido dele a candidatura anunciada por ele próprio e que em comunicado emitido no passado dia 16 de novembro, disse:
“Helder Martins, antigo presidente da RTA – Região de Turismo do Algarve, será candidato a presidente da direção da AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve. O empresário, proprietário do Hotel Rural Quinta do Marco, em Tavira, assume que a situação inédita de grande vulnerabilidade e imprevisibilidade em que o sector turístico se encontra, e em especial os empresários da hotelaria e restauração, o motivou a avançar com esta candidatura. As eleições estão marcadas para janeiro de 2022”.
Quer agora clarificar que será candidato “após convite de todos os vice-presidentes da associação e de outros membros dos órgãos sociais” o que em lado nenhum da notícia se dizia o contrário.
Quanto ao facto de estar em igualdade de situação com o atual presidente na sua capacidade eleitoral, referindo que E. Viegas “não é nem poderá ser associado da AHETA” é assunto que internamente ambos os candidatos, os órgãos da AHETA e os seus associados – e só eles – têm de resolver.
Diz também, num preciosismo compreensível, não ter pedido qualquer reunião da AHETA como é indicado na notícia (pediu de facto apenas a inscrição), “pois não sendo associado nunca o poderia solicitar”. Obviamente, caro Helder Martins. Vá dando notícias!