As avaliações bancárias para a compra de casa subiram de novo e atingiram um novo recorde, desde pelo menos janeiro de 2011, data a que recuam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
A compra de uma casa com crédito bancário torna-se geralmente mais acessível ao consumidor quando os bancos passam a fazer as avaliações bancárias de bens urbanos com valores mais elevados, desde que os preços de mercado de uma casa subam menos que o valor da sua avaliação bancária.
Depois de uma subida em setembro, que se seguiu à estagnação de agosto, o valor mediano de avaliação bancária foi 1.251 euros por metro quadrado em outubro, mais 15 euros do que no mês precedente.
Em termos homólogos, a taxa de variação aumentou para 10,6% (9,6% em setembro). Face a setembro, quando se registou um valor da avaliação de 1.236 euros, o aumento foi de 1,2%.
A variação homóloga mais intensa registou-se na Área Metropolitana de Lisboa (10,3%) e a menor na Região Autónoma dos Açores (2,0%).
Em cadeia, os maiores aumentos face ao mês anterior registaram-se na Região Autónoma da Madeira e no Norte (1,5%), tendo a Região Autónoma dos Açores apresentado a única descida (-1,7%).
ALGARVE COM OS VALORES MAIS ELEVADOS DO PAÍS
O valor mediano de avaliação bancária de apartamentos em outubro foi 1.385 euros por metro quadrado, tendo aumentado 11,8% relativamente ao mesmo mês do ano anterior.
O valor mais elevado foi observado no Algarve (1.674 euros) e o mais baixo no Alentejo (888 euros). Já a região Norte teve o maior crescimento homólogo (11,5%), e a Região Autónoma dos Açores apresentou o menor (1,4%).
Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação subiu 1,2%, tendo a Região Autónoma dos Açores registado a maior subida (4,0%).
A única descida verificou-se no Alentejo (-0,4%). As avaliações dos T2 subiram mais acentuadamente que as dos T3 – 10 euros, em vez de 8 euros
MORADIAS MENOS CARAS QUE APARTAMENTOS
Por outro lado, o valor mediano da avaliação bancária das moradias é bem menor que o dos apartamentos (1.385 euros/m2). Nas moradias, o valor foi de 1.010 euros por metro quadrado em outubro, mais 6,7% contra o aumento de 11,8% registados nos apartamentos, em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Os valores mais elevados observaram-se na Área Metropolitana de Lisboa (1.683 euros) e na região do Algarve (1.658 euros).
Já a região Centro registou o valor mais baixo (826 euros). A Área Metropolitana de Lisboa apresentou o maior crescimento homólogo (9,8%) e o menor ocorreu na Região Autónoma dos Açores (2,1%).
Em cadeia, a Região Autónoma da Madeira apresentou o aumento mais acentuado (3,6%), tendo a Região Autónoma dos Açores apresentado a única redução (-1,2%).
Os valores das moradias T2, T3 e T4, tipologias responsáveis por 89,3% das avaliações, atingiram, respetivamente, os 956 euros (mais 26 euros), 997 euros (mais 9 euros) e 1.078 euros (mais 29 euros).
De acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária, em outubro de 2021, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, a Região Autónoma da Madeira, o Alentejo Litoral e a Área Metropolitana do Porto apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país (34%, 33%, 3% ,2% e 1% respetivamente).
Já a região das Beiras e Serra da Estrela apresentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-45%).
O INE divulga em 28 de dezembro os dados da avaliação bancária relativos a novembro.