O PS leva para a corrida eleitoral a Albufeira Ricardo Clemente que diz que “não lhe restava outra alternativa senão dar a cara” pelo seu concelho face ao que considera ser “o decair” do mesmo “ao longo dos últimos mandatos”.
O candidato socialista quer “estar próximo das pessoas” e “descentralizar a autarquia na gestão do concelho”.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Ricardo Clemente (RC): Ao longo destes últimos mandatos, quem gosta da nossa terra tem constatado, que o nosso concelho tem vindo a decair, chegando a um nível, ao qual ninguém pode ficar indiferente.
Quem nasceu e cresceu nesta terra e a ama como eu, não restava outra solução senão dar a cara por uma alternativa, que voltasse a colocar Albufeira no lugar onde merece.
O que me move e à minha equipa é a vontade de trabalhar, de intervir, e melhorar as condições de vida das nossas gentes, é a de fazer Albufeira um grande concelho, onde a população residente quer voltar a sentir orgulho na sua terra, na sua beleza, durante todo o ano. A nossa grande vaidade é a de ver Albufeira colocada como uma grande referência nacional e internacional, resgatando a sua identidade.
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
RC: O trabalho no terreno, tem-nos confirmado que as prioridades serão a limpeza e gestão dos lixos. Intervenção na mobilidade, intervir nas estradas e caminhos do concelho, com atenção para os percursos do GIRO, que tem de ser alargado a todas as freguesias, passando pelas escolas. O alargamento da rede de saneamento básico e água.
Outras áreas a intervir onde existem problemas: modernização das escolas e o reforço de pessoal não docente, o alargamento dos horários dos ATL/AAAF nas interrupções lectivas. O aumento dos espaços verdes e de lazer em todas as freguesias, valorização dos recursos humanos da CMA, projectos de desenvolvimento integrado das freguesias, para responder à desarticulação existente entre Câmara e Juntas de Freguesia.
Será necessário também reorganizar e planear a oferta turística do concelho, através de um planeamento conjunto entre todas as partes intervenientes, por forma a melhorar a qualidade do turismo combatendo de igual modo os problemas de segurança a que, infelizmente, assistimos este Verão.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
RC: A nossa candidatura assenta em dois princípios de actuação que consideramos fundamentais e estratégicos para o desenvolvimento do nosso projecto: A Descentralização – ao descentralizar as competências e os respectivos meios nas Juntas de Freguesia, conseguimos potenciar o trabalho, alargamos a equipa de trabalho, onde os vereadores, os funcionários da CMA e as equipas eleitas de cada uma das Juntas de Freguesia, em articulação, vão ser mais eficazes e mais próximos dos munícipes.
A proximidade com a população em geral. O contacto diário com os munícipes, ouvindo os seus problemas e as soluções propostas serão uma mais valia para o sucesso do nosso projecto. Todos é que sabem muito, isto é, devolver a voz a quem mais precisa.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
RC: Estarei mais próximo das pessoas para as ouvir e descentralizarei nas freguesias os meios de que elas tanto carecem. Relembro que no final de 2015 havia saldo orçamental para se fazer obras estruturantes, como o quartel dos bombeiros ou um lar de 3ª idade. A minha questão é porque não se fez? Para mim a prioridade são as pessoas! O dinheiro é das pessoas!
Não faz sentido acumular milhões para terminar um mandato com o concelho no estado a que chegou. Se o dinheiro é das pessoas deve ser investido na resolução dos seus problemas, durante todo o mandato e não apenas nos últimos meses antes das eleições.
O grande factor diferenciador será a forma como vamos olhar e utilizar os recursos da Câmara Municipal de Albufeira. Temos consciência que o dinheiro é dos munícipes e que os funcionários da autarquia não são propriedade do executivo. Deste modo, as nossas decisões terão de ser baseadas sempre nestas duas ideias.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
RC: Após a nossa vitória nas eleições, pretendemos começar por reorganizar e desburocratizar o funcionamento de todos os serviços da Câmara Municipal de Albufeira, valorizando e motivando os seus trabalhadores, dando-lhes também as condições físicas necessárias para realizarem o seu trabalho de uma forma cada vez mais eficiente, promovendo um clima de trabalho dinâmico e alegre, promovendo o bem-estar no seu local de trabalho. Desta forma melhoraremos os serviços prestados à população aumentando a sua qualidade e rapidez de resposta.
A 2ª medida estruturante, que é um dos princípios base do nosso projecto, será a preparação e execução dos contratos de delegação de competências entre a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia do concelho, com o respectivo reforço de recursos financeiros, por forma a dar-lhes, finalmente, soluções na resolução dos problemas dos seus munícipes.