A fiscalização da velocidade nas estradas portuguesas é uma prática essencial para a promoção da segurança rodoviária, e os radares de velocidade têm desempenhado um papel crucial nesse esforço. Em Portugal, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) é a entidade responsável por aprovar e regular os equipamentos utilizados pelas forças de segurança para o controlo de trânsito. Entre os dispositivos aprovados encontram-se radares, tanto fixos como móveis, que têm como objetivo a “diminuição da sinistralidade rodoviária e a prevenção de infrações”.
Tipos de radares utilizados em Portugal
Em território nacional, dois tipos principais de radares são usados para o controlo da velocidade: os radares fixos e os radares móveis.
Radares fixos
Os radares fixos, como o nome indica, estão instalados em locais previamente determinados e operam de forma contínua, controlando a velocidade dos veículos que passam por esses pontos. Estes dispositivos são parte do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO), lançado em julho de 2016. Desde então, têm sido instalados em vários pontos estratégicos, nomeadamente em áreas com histórico elevado de acidentes ou em troços de estradas onde o excesso de velocidade é recorrente.
A localização dos radares fixos é frequentemente comunicada ao público, tanto através de sinais de trânsito como de plataformas digitais. Mesmo com esta transparência, muitos condutores continuam a ser detetados em excesso de velocidade, reforçando a necessidade de educação e sensibilização sobre o perigo de infrações.
Radares móveis
Por outro lado, os radares móveis oferecem uma maior flexibilidade de operação, sendo frequentemente utilizados pelas forças de segurança, como a GNR e a PSP, para controlar a velocidade em diferentes pontos das estradas. Estes radares podem ser colocados de forma aleatória em locais com elevada circulação de veículos ou onde há um histórico de infrações recorrentes.
Além disso, os radares móveis podem ser instalados em veículos descaracterizados, sendo particularmente eficazes na dissuasão do comportamento imprudente de condutores que apenas respeitam os limites de velocidade nas proximidades de radares fixos. Esta capacidade de “mobilidade” aumenta a eficácia da fiscalização.
Sistemas aprovados pela ANSR
A ANSR disponibiliza uma lista dos equipamentos de fiscalização aprovados no seu site oficial, permitindo que o público consulte quais são as ferramentas utilizadas pelas autoridades para garantir o cumprimento das regras de trânsito. Entre os dispositivos mencionados estão cinemómetros (radares), equipamentos de vídeo para controlo de velocidade, bem como outros instrumentos relevantes para a segurança rodoviária, como álcoolímetros e balanças de pesagem.
O uso destes equipamentos é essencial para garantir que os limites de velocidade sejam cumpridos e, consequentemente, para diminuir o risco de acidentes graves. Como mencionado pela ANSR, “a fiscalização e controlo de velocidade são medidas preventivas para reduzir a sinistralidade”, uma prioridade em qualquer política de segurança rodoviária moderna.
Impacto dos radares na segurança rodoviária
Desde a implementação do sistema SINCRO, os dados indicam que o número de infrações registadas por excesso de velocidade se mantém elevado, refletindo tanto a eficácia dos radares como a necessidade de continuar a reforçar a sensibilização entre os condutores. Estes dispositivos são cruciais não só para a punição de infratores, mas também para a prevenção de comportamentos de risco ao volante.
A introdução de novos radares e a ampliação das áreas fiscalizadas têm como objetivo reforçar a presença das autoridades nas estradas e criar uma rede de monitorização abrangente. A fiscalização não se resume ao controlo da velocidade em si, mas também atua como um lembrete constante da importância de conduzir de forma segura e responsável.
Os radares de velocidade, fixos e móveis, são elementos essenciais para a promoção de uma condução segura em Portugal. Embora a sua eficácia seja inquestionável, a sua função vai além da simples aplicação de multas; trata-se de uma medida preventiva que visa proteger a vida dos condutores e peões nas estradas. A contínua modernização destes sistemas, aliada à sua correta aplicação, continuará a ser fundamental na luta contra o excesso de velocidade e a redução de acidentes graves.
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